Notícia
Dermocosmético nanoestruturado a base de plantas
Parceria entre IPT e empresa, no âmbito da Embrapii, fortalece empreendedorismo de base tecnológica aplicado à saúde
Divulgação
Fonte
IPT
Data
segunda-feira, 25 julho 2016 12:45
Áreas
Biotecnologia. Nanotecnologia. Empreendedorismo.
Empresa de base tecnológica concebida a partir da plataforma de pesquisa em nanotecnologia aplicada a fitoterápicos, a Nanofitotec está desenvolvendo um dermocosmético anti-idade nanoestruturado denominado Nanolinn com o apoio do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), no âmbito da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). “Desenvolvemos o Nanolin para entregar ao setor de cosméticos e similares um produto com desempenho comprovadamente superior. Ele poderá substituir, ou complementar de maneira eficaz, uma formulação cosmética para tratamento antienvelhecimento ou de doenças de pele”, explica a pesquisadora e sócia-fundadora da empresa, Dra. Peky Noriega.
Fotomicrografia (aumento de 10 vezes) da imagem da permeação do nanocarreador polimérico de gelatina contendo nanopartículas de extrato de Centella Asiatica na camada interna da pele. Fonte: Divulgação.
O Nanolin é um produto nanoencapsulado (escala submicrométrica) do extrato de uma planta medicinal, a Centella Asiatica. “Essa técnica [nanoencapsulação] confere ao produto proteção contra processos de degradação e aumenta sua estabilidade química, além de melhorar o processo de penetração do princípio ativo na pele por meio de liberação controlada”, afirma a pesquisadora. O uso da nanotecnologia associada a fitoterápicos e a fitocosméticos busca dar qualidade à medicina tradicional, por meio de pesquisas que garantam confiabilidade e segurança aos usuários. “Nosso diferencial é o domínio do uso da nanotecnologia aplicada a derivados de plantas. É o estudo da manipulação da matéria em uma escala atômica e molecular, que lida com estruturas entre um a 1.000 nanômetros, e inclui o desenvolvimento de materiais ou componentes”.
Produtos inovadores, como os fitoterápicos e os fitotocosméticos de base nanotecnológica, poderão beneficiar especialmente pessoas com problemas ou dificuldade no uso de medicamentos sintéticos por seus efeitos colaterais ou por suas reações tóxicas, comenta a Dra. Peky: “Além da indústria farmacêutica e cosmética, nossos produtos poderão ser distribuídos no contexto das políticas públicas de saúde”
O pesquisador Dr. Adriano Marim de Oliveira, diretor do Núcleo de Bionanomanufatura do IPT, olha para o futuro no caso do projeto da empresa Nanofitotec: “A parceria com a Nanofitotec está sendo interessante para o Instituto porque estamos tendo a oportunidade de avaliar o potencial dos processos de nanoencapsulação aplicados aos fitocosméticos, como as vantagens e os desafios no desenvolvimento de cosméticos contendo este tipo de agente ativo”, afirma ele, lembrando ainda que estabelecer parcerias com empresas de alta especialização é também um diferencial importante para a equipe na sua visão de futuro para a inovação.
A pesquisadora do IPT e coordenadora do projeto, Dra. Maria Helena Ambrosio Zanin, acrescenta que este projeto é um dos exemplos de parceria entre o IPT e empresa, da união de duas capacitacões: “De um lado, a do Instituto com sua vasta experiência em processos de micro e nanoencapsulação, e do outro a Nanofitotec com know-how em fitoterápicos, com ênfase em nanotecnologia. É uma construção mutua, na qual ambas partes estão crescendo e construindo com a parceria”.
A Nanofitotec foi desenvolvida durante os quatro anos de pós-doutorado de Peky na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP. Este modelo empresarial é conhecido no meio técnico como spin-off. A Dra. Peky Noriega tornou-se em 2012 sócia-fundadora e diretora da empresa que, até 2015, ficou incubada no Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec) da USP, localizado no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, e hoje se encontra no Ciatec/Campinas. Para ela, a divulgação das inovações e dos benefícios trazidos pelas pesquisas desenvolvidas por empresas de base tecnológica impacta a sociedade e também o empreendedorismo local: “Em nosso caso, é estratégico para acessar potenciais investidores que nos permitam concluir as etapas de lote piloto e fabricação do produto”.
Fonte: IPT. Imagem: Divulgação.
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