Notícia

Composto com ouro inibe sobrevivência de parasita que causa Chagas

Complexo leva quantidades mínimas do metal e apresentou bons resultados contra o “Trypanosoma cruzi”

CDC/Dr. Myron G. Schultz via Wikimedia Commons

Fonte

USP

Data

segunda-feira, 24 abril 2017 11:50

Áreas

Medicina. Parasitologia. Biotecnologia. Biologia Celular e Molecular. Farmacologia. Indústria Farmacêutica.

Pacientes que sofrem com os efeitos colaterais dos medicamentos utilizados atualmente no tratamento da doença de Chagas podem ganhar um alívio dentro de alguns anos. Pesquisadores do Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias descobriram um novo complexo que apresentou bons resultados contra o Trypanosoma cruzi, parasito causador da doença.

O trabalho, que resultou em um artigo publicado recentemente no periódico Dalton Transactions, foi feito em parceria com pesquisadores da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), dos campi da USP em Ribeirão Preto e de São Carlos, e da Freie Universität Berlin, da Alemanha.

O complexo foi desenvolvido a partir da união de duas moléculas: a tiossemicarbazona, um composto orgânico, e o ouro. No Trypanosoma cruzi, a tiossemicarbazona atravessa a membrana da célula e atua diretamente na forma amastigota (que não possui flagelo), considerada a mais resistente.

De acordo com uma das autoras do trabalho, a pós-doutoranda do Departamento de Imunologia e Bioquímica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) Dra. Carla Duque Lopes, sabe-se que a tiossemicarbazona inibe a cruzaína, uma enzima essencial para a sobrevivência do parasito. “O ouro, como metal, pode atuar desestruturando o DNA do Trypanosoma cruzi ou em alguma via da rota metabólica. A ideia é que o complexo metálico atue em múltiplos alvos contra ele. Entretanto, seu mecanismo de ação ainda precisa ser mais bem estudado”, diz.

O estudo também avaliou que é preciso usar pequenas quantidades do composto para matar o parasito. “Possivelmente, para um tratamento, a quantidade de composto pode ser menor que a administrada para o benznidazol na clínica. Além disso, ele não perde suas propriedades quando em estado sólido. Isso permite transportá-lo sem a necessidade de resfriamento, o que é importante considerando que populações atingidas pela doença de Chagas nem sempre estão em locais de fácil acesso”, completa.

Leia a reportagem completa no Jornal da USP.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Fonte: Jornal da USP. Imagem: CDC/Dr. Myron G. Schultz via Wikimedia Commons

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