Notícia
Cientistas desenvolvem nova imunoterapia para o câncer de ovário
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Fonte
Universidade McMaster
Data
segunda-feira, 13 agosto 2018 09:50
Áreas
Medicina. Oncologia. Saúde da Mulher.
Pesquisadores da Universidade McMaster, no Canadá, estão fazendo avanços na descoberta de como o sistema imunológico de um paciente pode desenvolver tratamentos imunoterápicos para o câncer de ovário. Tumores sólidos têm sido um obstáculo para o desenvolvimento da imunoterapia do câncer, porque eles têm fortes qualidades imunossupressoras.
Células naturais que “destroem” outras células, conhecidas como células NK, fazem parte do sistema imunológico do corpo e têm a capacidade de matar células malignas sem prejudicar as células saudáveis. Essas células são usadas no desenvolvimento de imunoterapias contra o câncer, particularmente para cânceres no sangue.
Agora, os cientistas da Universidade McMaster e do “Hamilton Health Sciences” (HHS) tiveram sucesso ao usar as células NK dos pacientes com câncer de ovário e expandi-las para ativar suas funções antitumorais. Quando transferido de volta para modelos de células e camundongos, o tratamento foi bem sucedido na redução do tumor e no prolongamento da sobrevida.
“O câncer de ovário tem uma taxa de sobrevida de 5 anos inferior a 50%. Para a maioria dos casos de câncer de ovário, as curas permanecem indefinidas e novas estratégias de tratamento são urgentemente necessárias, explica Sophie Poznanski, autora principal do estudo e aluna de doutorado no laboratório do Dr. Ali Ashkar no Centro de Pesquisa em Imunologia da Universidade McMaster. “As células NK desempenham um papel crítico na proteção do corpo contra o câncer, mas as células NK do paciente com câncer têm sua função prejudicada devido à supressão imunológica causada por tumores. Neste estudo, nós convertemos essas células NK imunossuprimidas em células NK altamente funcionais e descobrimos que elas mantêm forte função antitumoral dentro de grandes tumores supressores e prolongam a sobrevida em modelos de ratos em 500%”, afirma a especialista. “Estas são descobertas promissoras que abordam os obstáculos que as imunoterapias enfrentaram até hoje contra tumores sólidos”.
O Dr. Ali Ashkar é o autor sênior do estudo e professor de Patologia e Medicina Molecular da Universidade McMaster. “Este é um progresso importante, porque o câncer de ovário geralmente se desenvolve silenciosamente e não é detectado até que o câncer atinja estágios avançados, por isso precisamos ser capazes de combater o câncer como um tumor”, ressalta o pesquisador. “A terapia com células NK provou ser segura com efeitos colaterais mínimos em pacientes com câncer no sangue. A capacidade de ativar altamente as células NK contra tumores sólidos pode levar a novas e seguras opções de tratamento para pacientes com câncer de ovário avançado e outros tumores que atualmente não possuem terapias efetivas ”, conclui o Dr. Ali Ashkar.
O Dr. Hal Hirte, também um dos autores do estudo, médico oncologista do HHS e professor associado de oncologia da Universidade McMaster, acrescentou: “Estas descobertas são clinicamente relevantes e apoiam investigações clínicas futuras para determinar se esta abordagem poderá ser uma terapia de segunda linha mais efetiva para melhorar o prognóstico do câncer de ovário e outros tumores. ”
O estudo foi publicado na revista científica Cancer Immunology Research.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia na página da Universidade McMaster (em inglês).
Fonte: Universidade McMaster. Imagem: Divulgação.
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