Notícia
Cientistas da UFU criam jogo para reabilitação de braços após AVC
Inscrições de pacientes para estudo clínico estão abertas durante o mês de fevereiro
Alexandre Costa
Fonte
UFU | Universidade Federal de Uberlândia
Data
quinta-feira, 7 fevereiro 2019 15:50
Áreas
Computação. Engenharia Biomédica. Biomecânica. Reabilitação.
A pesquisa desenvolvida pela educadora física Isabela Alves Marques e pelo engenheiro Gabriel Fernandes Cyrino, com orientação dos professores Dr. Eduardo Lázaro Martins Naves e Dr. Edgard Afonso Lamounier Júnior, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da Faculdade de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Uberlândia (Copel/Feelt/UFU), envolverá um tratamento para pessoas com sequelas nos braços após terem sido acometidas por Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Para o estudo clínico, as inscrições estão abertas durante o mês de fevereiro, não havendo limitação na quantidade de vagas. Para a realização do tratamento, será utilizado um jogo que foi desenvolvido no Laboratório de Computação Gráfica da UFU. Ao todo serão feitas 16 sessões, com duração de 30 a 45 minutos, em que o paciente irá movimentar os braços conforme interage com o jogo.
Para participar é necessário que o paciente tenha espasticidade em algum dos braços, ou seja, rigidez que não permita o esticamento total após ter sofrido o AVC. Pessoas que tenham aplicado botox – tipo de tratamento para espasticidade – ou com problemas de fala ou cognitivos não podem fazer parte do estudo.
“Os jogos eram usados para diversão, mas com a mesclagem no âmbito fisioterapêutico conseguimos uma melhoria bastante interessante. Com os movimentos massantes que o paciente tem que fazer na fisioterapia, ele pode ter um desgaste maior ou desmotivar. Por isso a gente decidiu desenvolver um jogo para auxiliar na reabilitação de membros superiores em pacientes que sofreram AVC”, explica Gabriel Cyrino.
O Jogo
O jogo desenvolvido pelo mestrando Gabriel Cyrino acontece em uma floresta tropical onde o paciente controla uma harpia, que é um pássaro parecido com uma águia. Além disso, existem outros animais, como crocodilo, tigre, pássaros e cobras, que servem de desafio no jogo.
Por meio do painel de controle, é possível configurar como será cada sessão e cadastrar as informações de cada paciente: última incidência de AVC, dados clínicos, entre outros. Também pode-se realizar a customização do jogo, alterando partes gráficas, controles e a interface multimodal.
“É possível configurar o treinamento para ele [o paciente] não dar de cara com o que não sabe. Ele vai primeiro realizar movimentos simples de virar à direita, esquerda, subir e descer e, depois movimentos mais complexos”, explica Isabela Marques.
O jogo é controlado por meio de um aparelho chamado Myo. Esse dispositivo foi desenvolvido no Núcleo de Tecnologia Assistiva (NTA), pelas mestrandas Andressa Rastrelo Rezende e Camille Marques Alves, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica (PPGeb/UFU). O equipamento consegue capturar os movimentos do braço do paciente, sendo possível regular sua precisão.
Acesse a notícia completa na página da UFU.
Fonte: Natália Spolaor. Imagem: Alexandre Costa.
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