Notícia

Ciência na América do Sul

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Fonte

Nature

Data

terça-feira, 17 junho 2014 20:15

Áreas

Em sua edição de 11 de Junho, a Revista Nature publicou um caderno especial sobre a evolução e a situação atual do desenvolvimento científico na América do Sul. A proposta do periódico é analisar e comentar o panorama de ciência e tecnologia em uma região que tem o Brasil como único país que investe mais de 1% do PIB em pesquisa e desenvolvimento, bem abaixo de outros países que lideram em inovação científica e tecnológica.

Já no Editorial, é relatado um primeiro problema: o fluxo de estudantes brasileiros (de graduação e pós-graduação) para o exterior ainda é pequeno (cerca de 11000 estudantes foram para os EUA em 2013, menos que estudantes do Vietnam e da Turquia). Além disso, nem sempre estes estudantes que tiveram a oportunidade de conviver com equipes de pesquisa no exterior retornam ao Brasil.

Mesmo com a produção científica aumentando nos últimos anos, com o Brasil liderando em número de publicações, o Chile dominando em patentes e a Argentina com a maior fração da população trabalhando no desenvolvimento de ciência, os resultados ainda são insipientes. Por exemplo, enquanto os EUA tiveram cerca de 729 patentes para cada um milhão de habitantes e a China teve aproximadamente 113, o Brasil conseguiu apenas 5,17. De qualquer modo, a presença de agências de fomento à pesquisa tem destaque especial, como no caso da FAPESP em São Paulo, com um investimento de mais de 512 milhões de dólares em 2013.

Em relação ás dificuldades e aos investimentos, o Prof. Dr. Sidarta Ribeiro, Diretor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em sua comunicação na seção “Arquitetos da Ciência Sul Americana” ressalta os investimentos que têm sido feitos, mas aponta dois desafios para o desenvolvimento científico nacional: a avaliação da qualidade das publicações científicas, em vez da quantidade, e também a recompensa pelo mérito.

Fonte: Nature, v.510, n.7504, 11 de Junho de 2014.

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