Notícia
Causas comuns da dor orofacial
Pulpite e problemas pós-cirúrgicos são frequentes
Divulgação
Fonte
Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor
Data
terça-feira, 10 janeiro 2017 20:50
Áreas
Medicina. Odontologia. Dor.
A Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED) disponibiliza em seu website um documento sobre as causas comuns de dor orofacial escrito pelo cirurgião-dentista Dr. José Tadeu de Siqueira. As principais fontes da dor em odontologia podem ser divididas em:
- Inflamatória ou nociceptiva, geralmente aguda e relacionada ao traumatismo mecânico ou cirúrgico dos tecidos. Para controlar essa dor é fundamental controlar a inflamação; felizmente a dor cessa à medida que o tecido cicatriza. Este tipo de dor é o mais encontrado na Odontologia. São exemplos: pulpites, dor pós-cirúrgica oral ou maxilar, infecções odontogênicas ou maxilares.
- Neuropática, quando a dor decorre de lesão neuronal, periférica ou central. Normalmente torna-se crônica, exige tratamento por tempo prolongado ou permanente e seu controle pode exigir tratamento multidisciplinar. Os exemplos mais conhecidos em Odontologia são: neuralgia idiopática do trigêmeo, “dor facial atípica” ou “odontalgia atípica”, síndrome da ardência bucal e dor pós-operatória persistente.
Odontalgias (Dor de dente)
- Pulpite
É a inflamação da polpa dentária, ou seja, do feixe vásculonervoso que se encontra no interior das paredes rígidas dos dentes. Pode iniciar pela hiperemia e evoluir para a necrose ou infecção óssea. As crises álgicas dependem do estado inflamatório da polpa e variam em qualidade e intensidade. Isso torna a dor pulpar extremamente variável e desconcertante, sendo frequente seu desencadeamento ou piora durante a ingestão de líquidos ou alimentos, principalmente em temperaturas extremas: ou frio ou quente. Pela posição da cabeça, é comum acordar o paciente durante o sono. Dor latejante ou pulsátil é o descritor mais frequente nessas circunstâncias e a intensidade geralmente é forte ou fortíssima. A dor geralmente é difusa e uma das principais causas de cefaleia secundária de origem odontológica.
- Sensibilidade dentinária
É a terrível dor do “colo dentário”. É súbita, tipo paroxistica, em pontada ou choque e desencadeada por temperaturas extremas, principalmente pelo frio, ar ambiente ou durante a escovação dos dentes. Deve ser considerada no diagnóstico diferencial das pulpites e da neuralgia do trigêmeo. Tratamento: varia do uso de dentifrícios especiais à proteção da área com material restaurador até, excepcionalmente a remoção da polpa dentária.
- Gengivite e periodontite
Gengivite é a inflamação gengival e periodontite é a inflamação da articulação alvéolo-dentária (periodonto) que liga o dente ao osso alveolar e que permite o limitadíssimo movimento dentário. O periodonto é ricamente vascularizado e inervado por mecanoceptores e participa ativamente da sensibilidade táctil do aparelho mastigatório. Em geral a dor periodontal é do tipo artrítica e o dente fica bem dolorido ao toque e à mastigação. As causas mais frequentes são as infecciosas, como na doença periodontal, e a traumática, como no bruxismo. Eventualmente contribui para a dor difusa em pacientes que já apresentam dor crônica da face ou de cabeça. A dor é localizada, fraca a intensa e, não raras vezes, descrita como “coceira”. Impacção de alimentos na gengiva pode piorar a dor algum tempo depois da mastigação. Pode haver queixa de aumento do dente e, eventualmente, edema gengival ou facial. Inflamação e sangramento gengival, mobilidade dentária, dor difusa na gengiva ou na face, principalmente após a mastigação de alimentos fibrosos, são algumas das possíveis manifestações das periodontopatias. O exame radiográfico pode mostrar lesão periodontal e óssea. Tratamento: intervencionista para eliminar a infecção. Antibióticos e analgésicos e anti-inflamatórios contribuem para o controle da doença e da dor. No caso do bruxismo as placas de mordida são indicadas, porém na fase aguda podem ser usados analgésicos.
Dor pós-operatória ou maxilar
O número de cirurgias odontológicas aumentou na atualidade, sendo ainda comuns as extrações dentárias, além de cirurgias para colocação de implantes osteointegráveis, cirurgias de fraturas e cirurgias ortognáticas. Embora existam medidas farmacológicas e não farmacológicas eficientes para o controle da dor pós-operatória moderada a intensa existem pacientes que reclamam de dor persistente após terem se submetido a cirurgias na boca ou na face. Esse grupo também merece atenção especial, pois parte deles pode ter dor neuropática pós-cirurgias orais. O tratamento visa o controle da inflamação e é realizado com medidas físicas e o uso de fármacos.
Acesse a íntegra do documento publicado pelas SBED.
Fonte: Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor. Imagem: Divulgação.
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