Notícia
Cartilagem em microchip pode facilitar desenvolvimento de drogas para a osteoartrite
Cartilagem pode ser “cultivada” em microchip e, subsequentemente, pode ser submetida a estímulos mecânicos capazes de gerar os efeitos da osteoartrite
Reprodução
Fonte
Politécnico de Milão
Data
sexta-feira, 23 agosto 2019 15:15
Áreas
Biomecânica. Reabilitação. Microfluídica. MEMS. Ortopedia.
A osteoartrite é a patologia musculoesquelética mais comum: afeta cerca de 10% dos homens e 20% das mulheres ao longo de sessenta anos da vida; números devem aumentar devido ao envelhecimento progressivo da população. Apesar dessa tendência, os pacientes são confrontados com a absoluta falta de terapias medicamentosas, as chamadas “drogas modificadoras” da doença, ou seja, medicamentos capazes não apenas de aliviar os sintomas, mas também de interromper ou reverter o processo degenerativo. Atualmente, as únicas opções válidas são tratamentos paliativos ou cirurgia.
Pesquisadores do MiMic, o Laboratório de Sistemas Microfluídicos e Biomiméticos do Politécnico de Milão, na Itália, criaram um chip sofisticado do tamanho de uma moeda, no qual é possível cultivar cartilagem e subsequentemente submetê-la a estímulos mecânicos capazes de gerar os efeitos da osteoartrite. O professor Dr. Marco Rasponi, do Grupo de Biomecânica do Politécnico de Milão, é o coordenador de pesquisa, realizada em parceria com o Hospital Universitário da Basileia.
A pesquisa não apenas produziu o chip revolucionário, mas, no decorrer do experimento, mostrou que a hiperestimulação mecânica da cartilagem parece suficiente para induzir a patologia da osteoartrite, sem recorrer à administração de moléculas inflamatórias até agora. O estudo foi publicado na revista científica Nature Biomedical Engineering.
Uma compressão adequada do tecido cartilaginoso induz de fato os sintomas característicos da osteoartrite: inflamação, hipertrofia e aumento dos processos de degradação. Na “cartilagem em-um-chip”, portanto, é criado um ambiente ideal para testar a eficácia e os mecanismos de ação dos medicamentos, diminuindo o tempo e os custos experimentais e diminuindo a necessidade de testes em animais.
A pesquisa continuará em direção à modelagem de todo o layout de chips, graças a um projeto da Fondazione Cariplo que foi financiado em resposta ao chamado “Pesquisa Biomédica em doenças relacionadas ao envelhecimento em 2018”. O título do projeto é “uKNEEque: um modelo osteocondral microfluídico 3D para investigar mecanismos que desencadeiam patologias articulares relacionadas à idade e efeitos terapêuticos de fatores bioativos produzidos por condrócitos nasais“.
Assista ao vídeo de apresentação do estudo (em inglês):
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página do Politécnico de Milão (em italiano).
Fonte: Politécnico de Milão. Imagem: Reprodução.
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