Notícia
Caqui e seus benefícios à saúde
Vitaminas, carotenoides e fibras trazem várias contribuições para a manutenção da saúde
Segundo a publicação “Alimentos Regionais Brasileiros” do Ministério da Saúde, o caqui é uma “fruta temperada típica do outono. O fruto é uma baga que traz consigo, na base, um cálice persistente e bastante desenvolvido. A cor da casca varia de amarelo a vermelho. A polpa é, geralmente, amarelada, mas pode variar, em certos casos, em função da presença ou não de sementes. O fruto verde é rico em tanino – o maduro não apresenta acidez e é rico em amido, açúcares, sais minerais e vitaminas A e C. As variedades de caqui são enquadradas em três tipos, de acordo com a presença de tanino em seus frutos: sibugaki (taninoso), amagaki (doce ou não taninoso) e variável”.
Ainda segundo a publicação, em relação ao uso culinário, “além do consumo natural, o caqui pode ser usado tanto para preparo de passa, como para a elaboração de vinagre. A produção de caqui no Brasil se destina, na sua quase totalidade, ao consumo da fruta fresca. A passa de caqui é um produto altamente nutritivo, de sabor bastante agradável, cujo consumo, em nosso país, se restringe aos membros da colônia japonesa, talvez devido ao fato de ser produzida em pequenas quantidades”.
Benefícios à saúde
Matéria publicada pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) ressalta que o caqui é “excelente fonte de vitaminas E e C – que auxiliam na defesa e manutenção do organismo – e sais minerais como ferro, fósforo e cálcio. A fruta é rica também em outro componente fundamental para manter a saúde: o betacaroteno, que atua como antioxidante e combate a formação de radicais livres”.
“Ele é essencial para a visão, unhas e cabelos e auxilia o desenvolvimento ósseo. Além disso, retarda o envelhecimento precoce do organismo“, explica Eneida Gomes da Cunha Ramos, nutricionista do HIAE. “E o caqui é fonte ainda de licopeno, um fitoquímico com importante atuação na defesa do organismo”.
E tem mais: a fruta caqui contribui para o bom funcionamento do intestino, por conter fibras, e atua como calmante, devido à alta concentração de açúcar e frutose, razão pela qual deve ser consumida moderadamente, em especial por diabéticos. “O ideal é não exagerar. A melhor recomendação é variar os tipos de fruta e escolher ao menos três por dia”, afirma a nutricionista.
Estudos científicos recentes
Pesquisadores da Coreia do Sul publicaram estudo na revista científica “Integrative Medicine Research” em que demonstraram o efeito inibitório do consumo de caqui sobre o metabolismo dos lipídios em ratos. Os cientistas reportaram um significativo efeito antiobesidade em ratos obesos que consumiram a fruta por 3 semanas.
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Um dos efeitos que o caqui pode causar quando consumido é o chamado “amarra a boca”, ou efeito adstringente, o que pode causar uma reação desconfortável no consumidor. Pesquisadores brasileiros do Laboratório de Fisiologia e Bioquímica Pós-Colheita da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) publicaram alguns anos atrás na revista Ciência Rural um importante estudo de revisão sobre a remoção da adstringência do caqui, em termos de aspectos bioquímicos, fisiológicos e tecnológicos.
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Frente à diversidade de caquis, a relação entre adstringência, composição nutricional e benefícios à saúde continua sob estudo até os dias de hoje. Em 2015, pesquisadores espanhóis avaliaram diversos cultivares de caquis, com mais ou menos adstringência, para identificar como seria a composição nutricional de cada um dos tipos analisados, além da influência específica de um tipo de tecnologia para diminuir a adstringência do caqui e torna-lo “pronto para comer”, com um paladar mais agradável. O estudo analisou os principais açúcares (glicose, frutose e sacarose), ácidos orgânicos (ácido cítrico, ácido málico e succínico) e carotenóides (β-criptoxantina, luteína, violoxantina, zeaxantina e β-caroteno) presentes nos caquis. Como resultado, apesar da variação da composição nutricional entre diferentes espécies de caquis, os pesquisadores relataram que os cultivares adstringentes apresentaram maiores polifenóis solúveis e maior capacidade antioxidante, apresentando maiores teores de açúcares e ácidos orgânicos do que os não adstringentes.
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Outro estudo importante foi publicado em 2015 por pesquisadores sul-coreanos e mostrou os efeitos benéficos da folha do pé de caqui e compostos bioativos sobre a trombose. O estudo foi publicado na revista científica “Food Science and Biotechnology”. Foram avaliados os efeitos dos extratos etanólicos das folhas de caqui e dos principais flavonoides: catequina, epicatequina e epicatequina galato na coagulação e agregação plaquetária. As folhas do caqui mostraram potencial para prevenção e melhora da trombose pela inibição da coagulação sanguínea e ativação plaquetária.
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Em janeiro de 2017, pesquisadores da Universidade de Lorraine, na França, publicaram na revista “Foods” os resultados de um estudo sobre o conteúdo de carotenoides de um tipo de caqui cultivado na Tunísia. Usando os espectos de absorção e fluorescência, os cientistas descreveram oito tipos de carotenoides encontrados. Lembrando, os carotenoides participam do sistema de defesa antioxidante, atuam como agentes cardioprotetores, ajudando a prevenir o infarto e também ajudam a reduzir o nível de colesterol de lipoproteína de baixa densidade (colesterol LDL).
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Fonte: Tech4Health. Imagem: Pixabay.
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