Notícia

Câncer de próstata: avanços no diagnóstico

DIvulgação, Universidade de Coimbra

Fonte

Universidade de Coimbra e SBU

Data

sábado, 10 outubro 2015 17:10

Áreas

Urologia. Oncologia.

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), o câncer de próstata é a neoplasia maligna mais comum entre os homens. Ocorre quando células da próstata começam a se multiplicar de forma desordenada. Geralmente, o câncer de próstata em fase inicial não apresenta sintomas. Alguns pacientes podem, inclusive, nunca ter sintomas. Por isso é fundamental que o homem faça exames de rotina. Quando o tumor cresce, os sintomas mais comuns estão relacionados ao ato de urinar, como urgência, dificuldade e levantar várias vezes à noite para ir ao banheiro.

Tratamento

De acordo com a fase do tumor e as características do paciente, o médico poderá definir quais as melhores formas de tratamento. Nos estágios iniciais da doença (tumores localizados e localmente avançados) a prostatectomia radical é indicação ouro. Consiste em uma cirurgia para retirada da próstata e apresenta altos índices de cura.

Avanços no diagnóstico precoce

Uma nova molécula para a detecção do câncer de próstata, produzida por uma equipe de cientistas do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), da Universidade de Coimbra (UC), acaba de ser introduzida na prática clínica em Portugal.

O primeiro exame de Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET/CT) com PSMA-Ga68, designação da nova molécula, já foi realizado em Coimbra.

A introdução deste radiofármaco no campo assistencial resulta do trabalho que vem sendo desenvolvido no ICNAS por uma equipe multidisciplinar há cerca de quatro anos, e “constitui um avanço significativo na avaliação desta doença ao possibilitar uma detecção mais precoce do câncer de próstata, sobretudo em situações de recidiva”, afirma o Dr. Miguel Castelo Branco, diretor do ICNAS.

Além de permitir uma avaliação do câncer de próstata muito mais eficaz, a utilização da nova molécula não terá um custo superior ao do atual radiofármaco disponível no mercado – a Fluorcolina – 18F (no mercado europeu).

O coordenador para a área clínica do ICNAS, Dr. João Pedroso de Lima, acredita que este novo exame reúne todas as condições para “substituir o uso da Fluorcolina – 18F em Portugal. A molécula produzida no ICNAS, já utilizada em alguns países europeus, é muito mais sensível, permitindo avaliar parâmetros impossíveis de identificar por outros métodos de diagnóstico e fornece informações essenciais para detectar precocemente, e localizar, o reaparecimento do tumor e a sua metastização”

Organismo autônomo da Universidade de Coimbra (UC), O ICNAS dedica-se à pesquisa biomédica e à aplicação clínica de moléculas marcadas com substâncias radioativas.

Ao longo dos últimos anos, o Instituto lidera, em Portugal, a produção e utilização de múltiplas moléculas (radiofármacos) para a realização de estudos de Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET/CT) em diversas situações clínicas, principalmente em Oncologia, Neurologia e Cardiologia.

Fonte: Universidade de Coimbra e SBU. Imagem: Divulgação, Universidade de Coimbra.

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