Notícia

Câncer de boca: sintomas e tratamento

Detecção precoce possibilita maior chance de cura

Pixabay

Fonte

Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço

Data

terça-feira, 9 agosto 2016 18:50

Áreas

Medicina. Oncologia. Saúde Pública.

O câncer de boca é o oitavo câncer mais comum entre os homens, e o nono entre as mulheres, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) em 2015. Faz-se necessário esclarecer que, para a denominação câncer de boca, inclui-se o lábio e a cavidade oral: bochechas, gengivas, palato duro (céu da boca), palato mole, língua (principalmente as bordas) e assoalho da boca (embaixo da língua). A estimativa de novos casos para este ano é de 15.490, sendo 11.140 homens e 4.350 mulheres, conforme dados do Inca em 2016. A mortalidade devido ao câncer de boca em 2013 foi de 5.401 casos, sendo 4.223 homens e 1.178 mulheres.

Os fatores de risco mais associados ao CB são o tabagismo e o etilismo. A associação entre o câncer de boca e esses dois fatores é de 95% dos casos afetados. Outras condições podem contribuir como: aspectos genéticos, exposição ao sol (válido para tumores de lábio), infecções virais e traumatismo crônico por uso de próteses.

Sintomas

Os principais sintomas são: lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias; manchas e placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, palato (céu da boca), mucosa jugal (bochecha);  aumento de nódulos (caroços) no pescoço; rouquidão persistente e sangramentos. Nos casos mais avançados observa-se dificuldade de mastigação e de engolir; dificuldade na fala e sensação de que há algo preso na garganta.

A detecção precoce pode ser observada através do auto-exame que consiste em observar, através do espelho, todas as regiões da boca. Se a pessoa sentir dor, desconforto ou, principalmente, se for etilista e tabagista, deve fazer o auto-exame com freqüência. As lesões ditas iniciais, ou pré-neoplásicas, são de dois tipos: a leucoplasia e a eritroplasia. A leucoplasia é definida como uma lesão esbranquiçada, não-destacável, que não melhora após a remoção dos fatores causais, e apresenta chance de se transformar em câncer que varia entre 0,25 a 30%. Já a eritroplasia é mais rara e perigosa, consistindo em uma lesão avermelhada da mucosa que, ao ser analisada ao microscópio, costuma já apresentar células cancerígenas. O diagnóstico definitivo só pode ser confirmado através de uma biópsia e análise do exame anátomo-patológico.

Tratamento

Se diagnosticado no início e tratado da maneira adequada, a maioria (80%) dos casos desse tipo de câncer tem cura. Geralmente, o tratamento emprega cirurgia e/ou radioterapia. Os dois métodos podem ser usados de forma isolada ou associada. As duas técnicas têm bons resultados nas lesões iniciais e a indicação vai depender da localização do tumor e das alterações funcionais que possam ser provocadas pelo tratamento. As lesões iniciais são aquelas restritas ao local de origem. A remoção do tumor irá depender do tamanho e estadiamento para verificar o quanto será retirado. Normalmente, é necessário que se faça uma extensão da cirurgia para o pescoço, de forma a retirar linfonodos cervicais acometidos pelo tumor. A essa cirurgia se dá o nome de esvaziamento cervical, que pode ser de vários tipos e extensões dependendo de cada caso. Em casos avançados é necessário a traqueostomia de proteção, pois a ressecção pode ocasionar obstrução das via aéreas.

Dentre as principais sequelas após a retirada do câncer de boca pode ocorrer comprometimento da fala (voz fanhosa, anasalada), da deglutição (saída de alimentos pela cavidade nasal) e da respiração. O acompanhamento envolve uma equipe multidisciplinar com dentistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, oncologistas e cirurgiões de cabeça e pescoço.

Prevenção

A prevenção do CB consiste em manter-se afastado dos fatores de risco, ou seja, não fumar e não beber. Além disso, é importante manter sempre uma boa higiene bucal, e procurar atendimento médico ou odontológico sempre que houver alguma lesão persistente na boca. Para usuários de próteses mal-adaptadas, deve-se procurar o dentista protético para ajuste.

Assista ao vídeo sobre o auto-exame da boca, produzido pela UNA/SUS-UFMA:

 

Assista ao vídeo sobre o Diagnóstico de Câncer de Boca na APS, produzido pelo Núcleo de TelessaúdeRS da UFRGS:

Fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Imagem: Pixabay.

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