Notícia
Câncer de bexiga: teste inovador torna o diagnóstico mais fácil
Tecnologia foi desenvolvida e validada na Universidade do Porto, em Portugal
Divulgação, Universidade do Porto
Fonte
INCA e Universidade do Porto.
Data
quarta-feira, 21 outubro 2015 17:15
Áreas
Oncologia. Biotecnologia. Biologia Molecular.
Segundo especialistas do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), há três tipos de câncer que começam nas células que revestem a bexiga. A classificação se dá de acordo com as células que sofrem a alteração maligna:
Carcinoma de células de transição: representa a maioria dos casos e começa nas células do tecido mais interno da bexiga.
Carcinoma de células escamosas: afetam as células delgadas e planas que podem surgir na bexiga depois de infecção ou irritação prolongadas.
Adenocarcinoma: se inicia nas células glandulares (de secreção) que podem se formar na bexiga depois de um longo tempo de irritação ou inflamação.
Quando o câncer se limita ao tecido de revestimento da bexiga, é chamado de superficial. O câncer que começa nas células de transição pode se disseminar através do revestimento da bexiga, invadir a parede muscular e disseminar-se até os órgãos próximos ou gânglios linfáticos, transformando-se num câncer invasivo.
Estimativa de pacientes afetados por este tipo de câncer aponta que em 2014 ocorreram 8940 novos casos no Brasil, sendo 6.750 em homens e 2.190 em mulheres.
Prevenção
Dieta rica em frutas, legumes e verduras e pobre em gorduras, principalmente as de origem animal, estão na base de uma vida saudável e deve ser mantida por quem quer afastar fatores que podem facilitar o desenvolvimento de vários tipos de câncer. Homens brancos e de idade avançada são o grupo com maior probabilidade de desenvolver esse tipo de câncer. O tabagismo pode aumentar o risco de uma pessoa ter câncer de bexiga.
Sintomas
Sangue na urina, dor durante o ato de urinar e necessidade frequente de urinar, mas sem conseguir fazê-lo, podem ser sinais de alerta de diferentes doenças do aparelho urinário, inclusive do câncer de bexiga.
Diagnóstico
O diagnóstico do câncer de bexiga tradicionalmente pode ser feito por exames de urina e de imagens, como tomografia computadorizada e citoscopia (investigação interna da bexiga através da introdução de uma sonda dotada de câmera pela uretra). Durante a citoscopia podem ser retiradas células para biópsia e até mesmo todo o tumor.
Uma equipe de pesquisadores do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), em Portugal, desenvolveu um novo método, menos invasivo e mais econômico. para a detecção do câncer de bexiga. O projeto chamado “Uromonitor”, liderado pelo pesquisador Dr. Hugo Prazeres, resultou na criação de um “ensaio ultra-sensível de diagnóstico hospitalar para detectar na urina mutações genéticas que provocam câncer de bexiga”. Além de ser não invasivo, sendo por isso menos desconfortável para os pacientes, o método desenvolvido pela equipe da Universidade do Porto custa quase metade do que o método tradicional de diagnóstico – a citoscopia.
O pesquisador salienta que o novo método desenvolvido na Universidade, que já foi clinicamente validado, “traz benefícios para os pacientes e uma significativa redução de custos”. Com este projeto, a equipe de pesquisa ganhou o Prémio Empreendedorismo da Fundação Everis, da Espanha. Agora, os pesquisadores esperam o apoio de investidores, para lançar o sistema Uromonitor no mercado global.
Fonte: INCA e Universidade do Porto. Imagem: Divulgação.
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