Notícia

Bloqueio para câncer no cérebro

Descoberta inédita relaciona comportamento de tumor cerebral com mediador de inflamação e seus receptores

Camila Cunha, Ascom/PUCRS.

Fonte

PUCRS

Data

domingo, 14 junho 2015 19:15

Áreas

Oncologia.

Uma tese de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) apresenta resultados promissores para tratar um tipo de câncer cerebral muito agressivo e de alta incidência: o glioblastoma. A descoberta da pesquisa da doutoranda Natália Nicoletti pode ser definida como a aplicação de abordagens que serviriam para aumentar, com qualidade, a sobrevida do paciente e diminuir o crescimento do tumor.

Considerado o mais agressivo dos tumores malignos primários cerebrais, o glioblastoma apresenta a maior incidência entre todos os gliomas (tipo de tumor), superior a 50%. Sua característica molecular muda de acordo com a faixa etária e não tem relação com estilo de vida ou alimentação. Pode acometer todas as idades, é rápido e proliferativo.

Para identificar a importância da bradicinina, um mediador de inflamação, e sua família de receptores na progressão ou regressão do tumor cerebral, Natália realiza pesquisa ligada ao Instituto de Toxicologia e Farmacologia da PUCRS (Intox) sobre o comportamento do tumor em diferentes situações: bloqueando o receptor B1, bloqueando o receptor B2 ou bloqueando os dois receptores da bradicinina, com uso de fármacos e com manipulação genética. “O cérebro sem a doença tem baixa expressão desses receptores, enquanto na presença do tumor, há um aumento deles”, aponta.

Natália utilizou um modelo de glioma in vivo com características histológicas e moleculares parecidas com as que acometem pacientes. O efeito do bloqueio por deleção genética foi avaliado no Intox, em colaboração com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Neste caso, os modelos animais não tinham os receptores de bradicinina no cérebro.

O efeito do bloqueio farmacológico foi estudado na Universidade de Montreal, no Canadá, em bolsa de doutorado sanduíche. Foram aplicados dois compostos, Icatibant (HOE-140) – produzido na Argentina e aprovado pela FDA e pela Comissão Europeia, usado no tratamento de angioedema, uma doença rara –, e um composto da empresa farmacêutica francesa Sanofi, chamado SSR240612, ainda não aprovado para uso em tratamentos de pacientes.

Leia a reportagem completa na Revista PUCRS.

Fonte: Vanessa Mello, Revista PUCRS. Imagem: Camila Cunha, Ascom/PUCRS.

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