Notícia

AVC: fatores de risco e sinais de alerta

No Dia Mundial do AVC, neurologista chama a atenção para a doença

Getty Images

Fonte

SES/SC

Data

segunda-feira, 26 outubro 2015 13:10

Áreas

Medicina. Neurologia. Saúde Pública.

Acidentes vasculares cerebrais (AVCs) são a principal causa de óbitos no Brasil e atingem pessoas de todas as idades. No mundo, o AVC é a principal causa de incapacidade, resultando em mais de 100 mil mortes por ano. Por isso, desde 2010, no dia 29 de outubro, a Campanha Mundial de Combate ao AVC busca orientar a população sobre os riscos da doença, os sinais de alerta e as formas de tratamento. A neurologista Dra. Gladys Lentz Martins, que atua no Hospital Governador Celso Ramos, em Florianópolis, lembra que o AVC pode ser prevenido e os pacientes têm condições de recuperar-se totalmente se receberem suporte adequado.

“É uma doença passível de prevenção, tem tratamento na fase aguda e medidas que podem ser instituídas a longo prazo, havendo necessidade de conscientização da população e dos profissionais de saúde quanto aos fatores de risco e as formas de tratamento”, destaca a médica. O Hospital Celso Ramos é a única unidade de saúde em Florianópolis estruturada para o atendimento do AVC agudo. Trata-se da trombólise endovenosa, que consiste na administração do medicamento dentro das primeiras quatro horas a partir do início dos sintomas. “O objetivo desse trabalho é oferecer um tratamento integral ao paciente com AVC, com atuação de uma equipe multidisciplinar para facilitar a recuperação e diminuir o tempo de internação”, conta a Dra. Gladys.

A Campanha Mundial de Combate ao AVC é coordenada pela Organização Mundial do AVC (World Stroke Organization – WSO) coma participação da Rede Brasil AVC e a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares. Em 2015, o tema são as demências potencialmente evitáveis. “O objetivo é divulgar não apenas o fato de que essa doença pode ser evitada, mas reduzir o impacto do AVC na vida das pessoas, por meio de seis pilares”, explica a neurologista. São eles:

  1. Conhecer os fatores de risco: hipertensão arterial sistêmica, diabetes, colesterol alto, arritmias cardíacas (fibrilação atrial);
  2. Ser fisicamente ativo e exercitar-se regularmente;
  3. Evitar a obesidade, mantendo uma dieta saudável;
  4. Limitar o consumo de bebida alcoólica;
  5. Evitar o uso de cigarro / parar de fumar;
  6. Aprender a reconhecer os sinais de alerta de um AVC.

O AVC

O acidente vascular cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame cerebral, pode ser de dois tipos: isquêmico – quando há falta de circulação numa área do cérebro provocada por obstrução de uma ou mais artérias por ateromas, trombose ou embolia; ou hemorrágico – quando ocorre sangramento cerebral provocado pelo rompimento de uma artéria ou vaso sanguíneo, em virtude de hipertensão arterial, problemas na coagulação do sangue ou traumatismos.

No caso de acidente vascular isquêmico, os sintomas podem apresentar-se na forma de:

  • perda repentina da força muscular e/ou da visão;
  • dormência na face, braço ou perna;
  •  dificuldade de comunicação oral (fala arrastada) e de compreensão;
  • tonturas;
  • formigamento num dos lados do corpo;
  • alterações da memória.

 

Já nos casos de acidente vascular hemorrágico, os sintomas podem ser:

  • dor de cabeça repentina;
  • edema cerebral;
  • aumento da pressão intracraniana;
  • náuseas;
  • vômitos;
  • déficits neurológicos semelhantes aos provocados pelo acidente vascular isquêmico.

 

Recomendações

  • Controle a pressão arterial e o nível de açúcar no sangue. Hipertensos e diabéticos exigem tratamento e precisam de acompanhamento médico permanente. Pessoas com pressão e glicemia normais raramente têm derrames;
  • Procure manter abaixo de 200 o índice do colesterol total. Às vezes, só se consegue esse equilíbrio com medicamentos. Não os tome nem deixe de tomá-los por conta própria. Ouça sempre a orientação de um médico;
  • Adote uma dieta equilibrada, reduzindo a quantidade de açúcar, gordura, sal e bebidas alcoólicas;
  • Não fume. Está provado que o cigarro é um fator de alto risco para acidentes vasculares;
  • Estabeleça um programa regular de exercícios físicos. Faça caminhadas de 30 minutos diariamente;
  • Informe seu médico se em sua família houver casos doenças cardíacas e neurológicas como o AVC;
  • Procure distrair-se para reduzir o nível de estresse. Encontre os amigos, participe de atividades culturais, comunitárias, etc.

Fonte: Ascom, SES/SC. Imagem: Getty Images.

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