Notícia

Atividade física durante a gravidez: recomendações até o pós-parto

Especialistas americanos fazem recomendações sobre a prática de atividade física durante e depois da gravidez.

Shutterstock

Fonte

Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas

Data

sexta-feira, 4 dezembro 2015 19:30

Áreas

Ginecologia e Obstetrícia. Atividade Física.

A prática de atividade física durante a gravidez proporciona vários benefícios à saúde da mulher, como: melhora do condicionamento cardiorrespiratório, diminuição do risco de obesidade, melhora da qualidade de vida e menor tempo de recuperação no período pós-parto.

Apesar do baixo risco relacionado à execução de exercícios na gestação, uma avaliação clínica prévia ao início de qualquer modalidade esportiva é indicada para minimizar comorbidades que podem ocorrer nesse período como: diabetes gestacional, hipertensão , baixo crescimento fetal, aborto espontâneo e parto prematuro, que são correlacionadas à inatividade física.  Neste sentido, o American College of Obstetricians and Gynecologists (Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas – CAOG) publicou em dezembro de 2015 um documento com recomendações sobre a prática de atividade física durante e depois da gravidez.

Dentre as contraindicações absolutas para a prática de exercícios aeróbicos, destacam-se: sangramento persistente no segundo ou terceiro trimestre, anemia grave, múltiplas gestações com risco de parto prematuro, placenta prévia após 26 semanas de gestação, hipertensão induzida na gravidez, ruptura de membrana amniótica ou placentária, doença cardíaca ou pulmonar restritiva e colo uterino incompetente.  Já entre as contraindicações relativas devem ser realçados: bronquite crônica, arritmia cardíaca materna, diabetes tipo I descontrolada, obesidade mórbida, sedentarismo crônico, hipertensão desregulada, hipertireoidismo desequilibrado, histórico de convulsões, limitações ortopédicas e  fumante crônico..

Durante a gestação ocorrem modificações no limiar ventilatório, com redução de até 50% na reserva pulmonar fisiológica (volume de oxigênio), o que prejudica a prática de exercícios anaeróbicos mais intensos, com esforço prolongado. Além disso, modificações anatômicas e metabólicas como ganho de peso,  edema periférico e aumento da lordose lombar que provoca o deslocamento do centro de gravidade para a frente, faz com que 60% das gestantes apresentem dor lombar.

No documento do CAOG, as atividades físicas recomendadas durante a gravidez são: caminhada, natação, bicicleta estacionária, Pilates moderado, Yoga moderado, exercícios aeróbicos com baixo impacto, esportes de raquete e alongamentos. As modalidades esportivas que devem ser evitadas: esportes de contato (artes marciais, futebol, basquete, handebol), atividades com alto risco de queda (andar a cavalo, motociclismo, esqui aquático, ginástica de impacto, mergulho, salto de paraquedas). Os sinais clínicos de alerta para descontinuar a prática esportiva são: falta de ar, dor torácica, cansaço muscular que afete o equilíbrio, sangramento vaginal, contrações dolorosas regulares, dor de cabeça, tontura, vazamento do liquido amniótico e dor progressiva na panturrilha.

A prescrição de um programa de exercícios personalizado não difere muito da população geral. A sugestão inicial consiste em exercícios leves entre 30 e 45 minutos diários por um período de cinco dias na semana. A gestante não deve ficar ofegante e deve hidratar-se adequadamente durante o exercício, evitando altas temperaturas  com sudorese excessiva e também deve trajar roupas que permitam certo grau de ventilação corpórea. Atividades mais intensas podem acarretar quadros de hipoglicemia e hipertermia e assim desencadear complicações mais sérias como um aborto. No período pós-parto, exercícios para reforço do assoalho pélvico e exercícios aeróbicos são os mais indicados e não afetam a produção de leite materno, além de evitar o ganho de peso e diabetes gestacional.

Acesse o documento completo do CAOG.

Fonte: Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas. Imagem: Shutterstock.

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