Notícia
Articulações do tornozelo impressas em 3D ajudam pacientes a andar novamente
Clínica de Reconstrução de Membros da Universidade Macquarie, na Austrália, é pioneira em substituições de tornozelo impressas em 3D altamente sofisticadas que podem acabar com a dor em pacientes com artrite e devolver sua mobilidade
Divulgação, Universidade Macquarie
Fonte
Universidade Macquarie
Data
segunda-feira, 7 março 2022 15:50
Áreas
Biomecânica. Engenharia Biomédica. Impressão 3D. Ortopedia.
Em um mundo onde as cirurgias de próteses de quadril e joelho se tornaram comuns, os cirurgiões ortopédicos permanecem surpreendentemente divididos sobre as cirurgias para substituição da articulação do tornozelo.
Pioneiros da reconstrução de membros, o Dr. Tim O’Carrigan e o Dr. Mustafa Alttahir atuam na Clínica de Reconstrução de Membros da Universidade Macquarie, na Austrália, fornecendo articulações impressas em 3D para pessoas afetadas por lesões traumáticas, amputações, deformidades, câncer ou dores de artrite. A dupla realiza cerca de 50 cirurgias de implantes de tornozelo por ano e, recentemente, realizou duas substituições de tornozelo de alta complexidade para pacientes que antes não teriam outra opção a não ser fundir as articulações.
Uma articulação do tornozelo pode ter artrite após uma lesão traumática se a cartilagem articular se romper. Essa cartilagem é o único’ amortecedor’ entre os ossos, e sua perda faz com que o contato entre eles provoque dor. O tratamento padrão é remover a cartilagem articular restante e inserir parafusos entre os ossos para que eles permaneçam juntos. Esse procedimento é chamado de ‘fusão do tornozelo’.
“A substituição do tornozelo ainda é uma área emergente. Para alguns pacientes com padrões menos complexos de artrite, a fusão e a substituição da articulação têm resultados semelhantes. As articulações são projetadas para se mover, então preferimos manter esse movimento sempre que possível fazendo uma substituição. Para padrões mais complexos de artrite, a substituição do tornozelo tem resultados superiores. As fusões vêm com seu próprio conjunto de problemas, incluindo o potencial de falha e mais artrite devido ao aumento do desgaste nas articulações ao redor”, disse o Dr. Tim O’Carrigan.
Um paciente recente dos médicos teve uma complicação de uma substituição anterior do tornozelo, resultando no colapso da articulação com o tálus – o osso que faz a ligação entre o pé e a perna através da articulação do tornozelo. “Tradicionalmente, quando isso acontece, a única maneira de salvá-lo é tentar obter uma fusão – mas tanto a taxa de falha quanto a taxa de insatisfação do paciente associada a essa operação são altas e os resultados geralmente são ruins. Neste caso, conseguimos substituir o tálus por uma prótese de metal personalizada, impressa em 3D, que pode se articular com a substituição do tornozelo e se fundir com o osso circundante, aliviando a dor e mantendo o movimento. É um resultado muito melhor e, longo prazo”, disse o Dr. O’Carrigan.
Software coloca procedimento em primeiro plano
“Existem alguns relatos de procedimentos semelhantes de substituição do tornozelo em todo o mundo, mas a solução que encontramos é mais sofisticada do que qualquer técnica descrita anteriormente”, disse o especialista. O avanço se deve ao software especializado de desenho assistido por computador (CAD), permitindo que a equipe forneça uma solução altamente personalizada e exclusiva para cada paciente.
Após a substituição do tornozelo pelo implante impresso em 3D, o paciente passa apenas seis semanas de muletas enquanto a nova articulação se integra ao osso, seguido por outras seis semanas com uma bota. A recuperação total leva cerca de 12 meses.
Os pacientes são avaliados caso a caso, pois nem todo tornozelo com artrite é adequado para uma dessas substituições articulares. A fusão ainda pode ser a melhor opção para alguém que já perdeu muito da arquitetura do tornozelo, tem uma quantidade significativa de tecido cicatricial de operações anteriores ou tem danos musculares.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Macquarie (em inglês).
Fonte: Georgia Gowing, Universidade Macquarie. Imagem: Divulgação, Universidade Macquarie.
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