Notícia
Aparelho desenvolvido na Unicamp pode ajudar no tratamento de câncer de pulmão e síndrome pós-COVID-19
Novo dispositivo para fisioterapia respiratória é indicado para quadros de fraqueza muscular respiratória decorrentes de várias doenças e pode substituir equipamentos importados e descartáveis
Divulgação, UFRJ
Fonte
Unicamp | Universidade Estadual de Campinas
Data
terça-feira, 10 agosto 2021 06:30
Áreas
Biomecânica e Reabilitação. Engenharia Biomédica.
Um novo aparelho para terapia muscular respiratória (TMR) desenvolvido por um grupo multidisciplinar de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) é reutilizável e reúne duas funções, de inspiração e expiração, num só dispositivo. O dispositivo auxilia na realização de exercícios que proporcionam a melhora no quadro de dispneia em pacientes com fraqueza nos músculos usados na respiração.
O aparelho é indicado para a reabilitação de pacientes com doenças que impactam a oxigenação do sangue, como o câncer de pulmão, além de outras doenças crônicas, como asma e enfisema pulmonar. A reabilitação com terapia muscular respiratória demonstra efeito benéfico para os pacientes no retorno às atividades diárias.
A nova tecnologia para TMR pode também ser usada no tratamento de pacientes com a síndrome pós-COVID-19, e que mantêm a dispneia mesmo após terem se recuperado da infecção pelo coronavírus. Diversos graus de disfunção respiratória foram observados nestes pacientes e a fisioterapia respiratória pode acelerar a recuperação do quadro.
“Esses indivíduos, muito frequentemente, são afastados ou até saem do mercado de trabalho, onerando os serviços públicos. Acreditamos que o dispositivo terá uma grande importância na melhoria da qualidade de vida dessas pessoas”, comentou a Dra. Carmen Silvia Passos Lima, professora e pesquisadora do Departamento de Anestesiologia, Oncologia e Radiologia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp.
Um pedido de patente foi depositado pela Agência de Inovação Inova Unicamp no Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI), mas, para chegar ao mercado, a tecnologia ainda precisa ser licenciada por empresas que possam dar continuidade no desenvolvimento do produto em parceria com os inventores.
Terapia muscular respiratória em casa
O aparelho compacto tem formato semelhante ao de uma seringa, com uma câmara e uma válvula acionada por mola. O modelo de simples operação e construção substitui equipamentos produzidos em outros países, eliminando custos de importação. Ele também pode ser levado pelos pacientes, com orientação de um profissional de saúde, para a realização e complementação dos exercícios de reabilitação em casa, pois tem fácil montagem e manutenção.
“A primeira demanda era que o equipamento fosse reutilizável. Isso passa, necessariamente, por você conseguir abrir, desmontar e higienizar com água e detergente, como se faz em casa com uma mamadeira. Depois pensamos na redução de custos, juntando dois conceitos, para que fosse mais acessível a pessoas de baixa renda”, contou o professor Dr. Éder Sócrates Najar Lopes, do Departamento de Manufatura e Materiais da Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM) da Unicamp.
De acordo com os inventores, o modelo desenvolvido na Universidade em fase de protótipo pode ser facilmente montado e desmontado por adultos e idosos, pois possui encaixes que evitam erros. A grande vantagem está na troca da posição do bocal, que dependendo do lado, faz o dispositivo desempenhar tanto a função de terapia muscular inspiratória (TMI) quanto a de terapia muscular expiratória (TME).
A geometria também permite ajuste de modo preciso, da carga de treinamento e durante o exercício, sem a necessidade de supervisão direta de um profissional de saúde. Outras tecnologias similares, já disponíveis no mercado ou em fase de desenvolvimento, não oferecem tais benefícios, sendo descartáveis, limitadas na questão que envolve a facilidade de limpeza dos componentes ou oferecendo apenas um dos tipos de terapia separadamente.
Empresas interessadas no licenciamento podem entrar em contato com a Inova Unicamp na área Conexão com Empresas.
Acesse a notícia completa na página do Jornal da Unicamp.
Fonte: Jornal da Unicamp e Agência de Inovação da Unicamp. Imagem: Divulgação, Unicamp.
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