Notícia
Alunos de instituto alagoano desenvolvem plástico ecológico
Bioplástico inovador pode se decompor na natureza em até 3 anos, em vez de 100 anos
Divulgação
Amido de milho, batata-inglesa, ácidos derivados de limão e laranja, farinha de trigo, vinagre e açúcar. Um grupo de estudantes de química e biologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas (Ifal) adota esses compostos, mais usados em culinária, como matérias-primas de um bioplástico inovador.
Destinado a reforçar os conceitos de desenvolvimento sustentável e mudar o futuro da indústria de plásticos e derivados, o material, idealizado em 2013 pelos alunos do campus de Maceió, foi desenvolvido como alternativa ecológica — e mais conveniente —, aos plásticos convencionais.
O termoplástico é normalmente encontrado no mercado, usado em embalagens, garrafas, CDs, brinquedos, peças e outros materiais. Mas o equivalente desenvolvido pelos estudantes do Ifal é mais resistente, durável e capaz de se decompor na natureza em um período de dois a três anos. Devido à simplicidade da matéria-prima, decompõe-se rapidamente na natureza, em comparação com o convencional, que chega a passar dos 100 anos para degradação.
“O objetivo da pesquisa era criar um plástico que tivesse resistência e usabilidade, baixo custo em sua fabricação e que se decompusesse em no mínimo 45 dias”, diz a estudante Hyngrid Assíria, aluna do quinto período do curso superior de biologia. “São usados componentes orgânicos derivados de produtos simples e de baixo custo, como amido, batata e açúcar.”
Inspiração
A pesquisa inicial dos estudantes foi impulsionada por um experimento desenvolvido anteriormente no Peru: químicos usaram cana, batata, água e glicerina para obter o plástico. Embora considerado orgânico e sustentável, o produto era quebradiço, frágil e sem resistência, o que tornou inviável o uso industrial. “Procuramos aperfeiçoar o experimento, reunindo resistência, espessura e textura em um plástico biodegradável e que pudesse ser usado pelas indústrias e rapidamente voltar à natureza”, afirma Laís Vanessa, aluna do quarto ano do curso técnico de química.
A invenção dos jovens aguarda o registro de patente, encaminhado à Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação do Ifal. Segundo a orientadora do projeto, a professora Vânia Nascimento, o instituto tem competência para registrar a patente após certificar-se de que a pesquisa é inédita.
O projeto também ganhou repercussão nacional, no Congresso Norte e Nordeste de Pesquisa e Inovação (Connepi) de 2015, e foi indicado para participar da Feira Brasileira de Ciência e Engenharia (Febrace), a ser realizada de 14 a 18 de março próximo, na Universidade de São Paulo (USP).
Fonte: Assessoria de Comunicação Social do MEC. Imagem: Divulgação.
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