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A saúde mental determina o risco de desenvolver demência precocemente

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Fonte

Universidade Maastricht

Data

sexta-feira, 5 janeiro 2024 10:55

Áreas

Assistência Social. Biologia. Comportamento. Envelhecimento. Epidemiologia. Genética. Medicina. Psiquiatria. Saúde Mental. Saúde Pública.

A causa da demência de início precoce é frequentemente considerada genética. Recentemente, pesquisadores da Universidade Maastricht, nos Países Baixos, e da Universidade de Exeter, no Reino Unido, identificaram 15 fatores associados a um risco aumentado de desenvolver demência precoce, alguns dos quais as pessoas podem influenciar a si mesmas.

Além da situação socioeconômica ou de fatores de estilo de vida conhecidos, como o consumo de álcool e o tabagismo, os cientistas encontraram uma forte relação com a saúde mental. A depressão e o isolamento social – por exemplo, devido à perda auditiva – parecem ser indicadores de risco aumentado de desenvolver demência antes dos 65 anos. As descobertas foram publicadas recentemente na revista científica JAMA Neurology.

Demência de início precoce

A demência está recebendo cada vez mais atenção, mas relativamente pouca pesquisa tem sido feita sobre a demência de início precoce, definida como a demência que se desenvolve antes dos 65 anos de idade. Globalmente, ocorrem cerca de 370.000 novos casos de demência de início precoce todos os anos. O reconhecimento precoce e a ajuda e apoio adequados podem melhorar a qualidade de vida das pessoas com demência de início precoce.

Esta foi a principal razão para a Dra. Stevie Hendriks, pesquisadora da Universidade Maastricht, e seus colegas procurarem fatores de risco que possam estar relacionados à doença que ocorre em adultos com menos de 65 anos. “A demência de início precoce tem um impacto muito grave, porque as pessoas afetadas geralmente ainda têm emprego, filhos e uma vida ocupada”, disse a Dra. Hendriks. “Muitas vezes presume-se que a causa seja genética, mas para muitas pessoas não sabemos exatamente qual é a causa. É por isso que também queríamos investigar outros fatores de risco neste estudo.”

Fatores de risco

Os cientistas usaram dados de um estudo de coorte de longo prazo no Reino Unido, o UK Biobank. Analisaram dados de mais de 350.000 indivíduos que foram monitorizados de perto por pesquisadores britânicos entre 2006 e 2021. Os dados revelaram 15 fatores de risco que, em maior ou menor grau, parecem ser preditores de um risco aumentado de demência de início precoce.

“Já sabíamos, através de pesquisas sobre pessoas que desenvolvem demência em idades mais avançadas, que existe uma série de fatores de risco modificáveis”, disse o Dr. Sebastian Köhler, professor de Neuroepidemiologia na Universidade Maastricht. “A prevenção está atualmente recebendo muita atenção nos Países Baixos, por exemplo no âmbito da Estratégia Nacional para a Demência do Ministério da Saúde, Bem-Estar e Desporto. Além dos fatores físicos, a saúde mental também desempenha um papel importante, incluindo evitar o estresse crônico, a solidão e a depressão. O fato de isto também ser evidente na demência de início precoce foi uma surpresa para mim e pode oferecer oportunidades para reduzir o risco também neste grupo”, concluiu o professor.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Maastricht (em inglês).

Fonte: Universidade Maastricht. Imagem: Freepik.

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