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A maior arma contra o câncer existe em cada célula

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Fonte

Universidade Northwestern

Data

quarta-feira, 31 outubro 2018 13:45

Áreas

Medicina. Oncologia. Biologia.

Um código mortal está embutido em todas as células do corpo cuja função pode ser causar a autodestruição de células que se tornam cancerosas, relata um novo estudo da Faculdade de Medicina da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos. Assim que estes “guarda-costas” internos da célula percebem que ela está se transformando em câncer, eles acionam o código de eliminação para extinguir a célula mutante.

O código está embutido em grandes ácidos ribonucleicos (RNAs) codificadores de proteínas e em pequenos RNAs, chamados microRNAs, que os cientistas estimam ter evoluído há mais de 800 milhões de anos para proteger o corpo do câncer. As pequenas moléculas tóxicas de RNA também são desencadeadas pela quimioterapia, relatam os cientistas da Universidade Northwestern.

O câncer não pode se adaptar ou tornar-se resistente aos RNAs tóxicos, tornando-se um tratamento potencialmente seguro se o código puder ser duplicado sinteticamente. A incapacidade das células cancerosas de desenvolver resistência às moléculas é fundamental, disseram os cientistas.

“Agora queconhecemos o código “mortal”, podemos acionar o mecanismo sem ter que usar quimioterapia e sem mexer no genoma. Podemos usar esses pequenos RNAs diretamente, introduzi-los em células e acionar o interruptor para eliminar as células”, disse o autor principal do estudo, o Dr. Marcus E. Peter, professor de Metabolismo do Câncer da Faculdade de Medicina da Universidade Northwestern.

O artigo descrevendo o código de eliminação e identificando como os microRNAs que combatem o câncer usam o código para matar as células tumorais foi publicado no último dia 29 de outubro na revista científica Nature Communications. O artigo descrevendo que grandes RNAs codificadores de proteínas podem ser convertidos em pequenos RNAs tóxicos foi publicado no último dia 16 de outubro na revista científica eLife.

“Com base no que aprendemos nesses dois estudos, podemos agora projetar microRNAs artificiais que podem ser muito mais poderosos em eliminar células cancerígenas do que o código desenvolvidas pela natureza”, disse Peter.

O próximo passo? “Nós absolutamente precisamos transformar isso em uma nova forma de terapia”, concluiu o Dr. Peter. Ele está explorando várias maneiras de acionar o código para eliminar células cancerígenas, mas ressaltou que uma terapia ainda precisa de anos de pesquisa.

Acesse o artigo científico completo publicado na revista Nature Communications (em inglês).

Acesse o artigo científico completo publicado na revista eLife (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Northwestern (em inglês).

Fonte: Marla Paul, Universidade Northwestern. Imagem: Shutterstock.

 

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