Notícia

A importância da imunização da mulher na fase adulta

Vacinas são fundamentais para a saúde da mulher, principalmente antes de engravidar

Pixabay

Fonte

Sogesp

Data

domingo, 23 outubro 2016 12:05

Áreas

Saúde da Mulher. Saúde Pública. Imunologia. Ginecologia e Obstetrícia.

Tomar vacinas entre a adolescência e o início da idade adulta, antes de engravidar, é importante para prevenir doenças, tais como, hepatites virais, infecções de transmissão sexual como as verrugas genitais ou o câncer de colo de útero. Depende também da imunização, em grande parte, o desenvolvimento saudável de um bebê em uma futura gravidez.

Vacinas na Fase Adulta

A vacinação da mulher jovem e adulta é um assunto que mereceu atenção especial dos ginecologistas há seis anos atrás, quando a vacina contra o vírus papiloma humano, mais conhecido como HPV, do inglês Human Papiloma Virus, foi lançada no Brasil. A Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), junto com a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) aproveitou a oportunidade para atualizar os especialistas em saúde feminina e promoveu uma reunião geral de onde saiu o atual Consenso de Vacinação da Mulher. Segundo esse consenso, mulheres que têm planos de engravidar não podem deixar de tomar a tríplice bacteriana (dTpa) contra difteria, tétano e coqueluche; a tríplice viral, contra sarampo, rubéola e caxumba, a vacina pneumocócica; a meningocócica C conjugada e as vacinas contra hepatite A e hepatite B gripe e varicela. Nas regiões endêmicas, são obrigatórias também a vacinação contra febre amarela e, quando for o caso, contra raiva.

Exames indispensáveis antes de engravidar

Antes de engravidar, ainda, as mulheres são orientadas pelo médico a fazer os chamados exames pré-concepcionais, que são indispensáveis. Eles não devem deixar de ser feitos porque detectam doenças contraídas no passado e que podem significar algum risco para a gestação, o desenvolvimento do feto ou mesmo para a própria mulher durante a gravidez. Os mais importantes são os exames de rubéola se a mulher ainda não teve a doença e das hepatites A, B e C, além de HIV e HPV.

A principal doença com que se deve ter cuidado na gestação

A rubéola não é uma doença perigosa para a mulher adulta, mas para as grávidas ela representa grande risco. Os fetos de mães infectadas por rubéola, principalmente no primeiro trimestre de gravidez, podem nascer cegos ou com catarata, surdos, com malformações no coração e microcefalia. Recomenda-se que a vacinação contra rubéola seja feita três meses antes do planejamento da gravidez. As imunizações contra a hepatite B e a tríplice viral também devem ser feitas no mínimo três meses antes da gravidez. A tríplice bacteriana, contra difteria, tétano e coqueluche é importante para evitar principalmente o temido tétano neonatal, ainda existente no Brasil, em que o recém-nascido é infectado por instrumento não-esterilizado segundos após o parto, por exemplo, no momento do corte do cordão umbilical.

Vacina contra HPV

Existem mais de uma centena de tipos de vírus papiloma humano. O Consenso de Vacinação da Mulher da Febrasgo-SBIm informa, porém, que a região genital feminina pode ser infectada por dois grupos de vírus HPV, os oncogênicos –relacionados ao câncer do colo do útero — e os não oncogênicos, responsáveis pelas verrugas. Entre os oncogênicos, os tipos 16 e 18 se destacam, pois são responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo do útero. Outros vírus HPV, entre eles o 45, 31, 33 e 52 também causam câncer. Entre os vírus não oncogênicos, mas que causam verrugas, se destacam os tipos 6 e 11. Os dois são responsáveis por 90% das verrugas genitais. As vacinas contra o HPV contêm alta imunogenicidade, que é a capacidade de induzir uma resposta imune e conferir rápida imunidade a pessoa que foi imunizada, segundo o consenso de vacinação da Febrasgo-SBIm.

Fonte: Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo – Sogesp.  Imagem: Pixabay.

 

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