Notícia
70% dos casos de câncer de ovário são descobertos em fase avançada
Sintomas podem passar despercebidos
Fonte
SES/SP, Inca e Journal of Ovarian Research
Data
segunda-feira, 11 maio 2015 09:45
Áreas
Oncologia.
Levantamento do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, mostra que 7 em cada 10 mulheres com câncer de ovário chegam ao hospital com a doença avançada.
Mensalmente são realizados mais de 800 atendimentos no serviço de ginecologia do Instituto. Do total de pacientes com tumor de ovário, cerca de 20% têm entre 45 e 54 anos e 70% das mulheres estão acima dos 55 anos, período em que é mais frequente o desenvolvimento do câncer.
Entre os fatores de risco estão o histórico familiar e a obesidade. Mulheres que fazem terapia de reposição hormonal e tratamento para a fertilidade também estão mais propensas a desenvolver a doença.
O tumor é considerado “silencioso”, e os poucos sintomas apresentados costumam ser ignorados pela maioria das mulheres, uma vez que são confundidos com desconfortos comuns como inchaço (aumento) do volume abdominal, menstruação irregular e indigestão. Também podem ocorrer dores abdominais e na região pélvica, perda do apetite e náuseas.
Estimativas do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) apontaram aproximadamente seis mil novos casos da doença para o último ano. Apesar da incidência relativamente baixa, o câncer de ovário é o tipo de tumor ginecológico com alto índice de mortalidade. Por isso é importante que as mulheres estejam atentas às mudanças no corpo, bem como a incômodos e dores constantes. “A visita anual ao ginecologista pode ajudar a antecipar o diagnóstico, aumentando as chances de sucesso do tratamento”, destaca o Dr. Jesus Paula Carvalho, coordenador da equipe de ginecologia do Icesp.
Segundo o Inca, diversas modalidades terapêuticas podem ser oferecidas (cirurgia, radioterapia e quimioterapia). A escolha vai depender principalmente do tipo histológico do tumor, do estadiamento, da idade e das condições clínicas da paciente e de se o tumor é inicial ou recorrente. Se a doença for detectada no início – especialmente nas mulheres mais jovens – é possível remover somente o ovário afetado.
Recentemente, foi publicado estudo1 de pesquisadores chineses onde se aplicam técnicas de diagnóstico por imagem, como a ressonância magnética, para a diferenciação entre diferentes tipos de câncer, como o adenocarcinoma endometrióide de ovário e o adenocarcinoma seroso de alto grau, os dois tipos mais frequentes de carcinoma epitelial.
1 Hai Ming Li; JinWei Qiang; Gan Lin Xia; Shu Hui Zhao; Feng Hua Ma; Song Qi Cai; Feng Feng; Ai Yan Fu. MRI for differentiating ovarian enometrioid adenocarcinoma from high-grade serous adenocarcinoma. Journal of Ovarian Research, vol. 8, n. 26, 2015.
Fonte: SES/SP, Inca e Journal of Ovarian Research
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