Notícia
Previna-se de lesões em ciclovias
Divulgação
Fonte
Instituto Compasso
Data
1 junho 2018
Uma atividade física vista por muitos como de fácil início é o ciclismo. Afinal basta ter uma bicicleta e sair pedalando pelas ciclovias da cidade. Justamente por isso as lesões podem se tornar ainda mais comuns. Confira as dicas de nossos médicos especialistas para que seus passeios ou treinos nas ciclovias não terminem com lesões.
Lesões traumáticas no ciclismo
Independentemente do objetivo no uso da bike, existem alguns princípios básicos de segurança que você deve adotar em sua rotina para prevenir as lesões mais comuns associadas ao ciclismo.
Abrasões e lacerações, contusões e fraturas geralmente são resultado de quedas e afetam mais frequentemente os membros superiores, ombros e quadril.
O trauma craniano fechado é a ocorrência mais séria tanto para ciclistas recreacionais quanto para os competitivos e necessitam de pronta e cuidadosa avaliação. Vários estudos confirmam a eficiência e capacidade de proteção dos capacetes sendo que o uso de capacetes pode reduzir em até 85% o risco de lesões e morte.
Outra estrutura nobre que se beneficia da proteção de equipamento são os olhos. O uso regular de óculos protege da ação do vento nas altas velocidades, de pequenas partículas no ar e também da intensidade de luz.
Lesões por sobrecarga no ciclismo
Na prática do ciclismo o exercício é basicamente realizado em movimentos concêntricos dos músculos dos membros inferiores, ou seja, contrações musculares que expõe os músculos e tendões a menor estresse que em contrações excêntricas resultantes quando de acelerações e desacelerações com mudança de direção e salto que ocorrem em outras modalidades como futebol. Porém a intensidade e volume crescente nos treinos pode levar a ocorrência de tendinopatias, em especial dos membros inferiores. O trato iliotibial e a musculatura posterior da coxa são as estruturas mais acometidas.
Compressões de nervos das mãos por apoio no guidão, dos pés no pedal e sapatilhas, e da área genital nos bancos, estão diretamente relacionadas ao posicionamento do corpo e de cada região anatômica na bicicleta podendo resultar em formigamentos temporários ou até mesmo mais persistentes com indesejada impotência funcional de estruturas inervadas ou irrigadas pelas estruturas comprimidas (p.ex. nervo ulnar no canal de Guyon na mão).
Semelhante inadequação de ajuste dos componentes da bicicleta e adaptação em posicionamentos inadequados das articulações dos joelhos , colunas cervical e lombar podem resultar em sobrecargas estruturais e incapacidade na prática da modalidade.
Uma vez que o corpo é quem se adapta à bicicleta, e esta é a peça mais importante do equipamento do ciclista, e passível de ajuste, ressaltamos a importância da realização de apropriada ergonomia- bike fit com criteriosa regulagem dos componentes (selim , mesa, guidão…) para cada indivíduo em sua bicicleta. Esse passo é marcante na prevenção de lesões e sobrecarga de estruturas músculo tendíneas e articulares.
Distúrbios metabólicos do ciclismo
Problemas chamados clínicos, relacionados à prática do ciclismo envolvem os distúrbios hidroeletrolíticos resultantes de inadequada hidratação e reposição de eletrólitos/sais durante a atividade, em especial as de maior duração nos longos treinos e competições. Outro fator importante é alimentação antes, e durante os treinos e competições, além de adequada reposição dos nutrientes após atividade.
O ciclismo que é praticado predominantemente em ambiente externo está sob efeito de variações de temperatura e umidade o que pode afetar de forma importante a performance esportiva e equilíbrio interno.
O cuidado no planejamento de hidratação e reposição de energia e atenção com variações térmicas e adequada programação de vestimenta auxiliam na prevenção de ocorrências clínicas e no pedalar com maior prazer.
O cuidado e atenção em destacar potenciais riscos e problemas na prática do ciclismo busca auxiliar na prática mais segura e com maior satisfação nos treinos e eventos ciclísticos