Notícia

Pesquisadores descobrem o “gene da juventude”

Estudo indica que envelhecimento de células da pele está ligado ao gene FoxM1.

Getty Images

Fonte

Universidade do Porto

Data

sexta-feira, 17 agosto 2018 10:05

Áreas

Biologia. Genética.

Uma equipe do i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto, em Portugal, liderada pela pesquisadora Dra. Elsa Logarinho, descobriu que o envelhecimento das células da pele está intimamente relacionado com a expressão de um gene, o FoxM1. O trabalho foi publicado na revista científica Nature Communications e descreve como os pesquisadores, com recurso de células da derme em cultura, conseguiram reverter as características de envelhecimento celular ao aumentar a expressão deste gene. Este trabalho abre novas perspetivas para potenciais estratégias terapêuticas de doenças associadas ao envelhecimento.

Este estudo foi feito com culturas primárias de um tipo de células específico da pele, os fibroblastos. A equipe recorreu “a células vivas de fibroblastos primários dérmicos de humanos jovens, de meia-idade e de idade avançada, bem como a células de pacientes com progeria, uma síndrome rara de envelhecimento acelerado em crianças”, explica a coordenadora do estudo. Depois de analisados e comparados centenas de genes com expressão alterada de células da pele, a equipe de pesquisa chegou à conclusão que “o gene FoxM1, que controla a entrada da célula em divisão, parece ser um fator chave no processo de envelhecimento, pois está reprimido ou menos expresso em células envelhecidas, assim como todos os genes que são controlados pelo FoxM1”, explica a especialista.

A Dra. Elsa Logarinho explica que “ao longo da nossa vida, as células, particularmente as da pele, dividem-se constantemente para renovação dos tecidos” e, adianta, “que de alguma forma vão perdendo essa capacidade de renovação ao longo do tempo”. Essa perda de capacidade resulta de erros genéticos e cromossômicos acumulados por divisões sucessivas. Estes erros e a incapacidade de os corrigir faz com que a célula, através de mecanismos de autocontrole, entre numa fase estacionária chamada de senescência e deixe de se renovar. A consequência visível dessa falta de renovação são as características físicas do envelhecimento, muito evidentes na pele, o órgão mais extenso do nosso organismo e mais exposto às agressões ambientais.

Acesse a notícia completa na página da Universidade do Porto.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Fonte: Júlio Borlido Santos, i3S, Universidade do Porto. Imagem: Getty Images.

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