Notícia
Pesquisadores introduzem hardware em tecidos
Pesquisadores do MIT incorporam diodos optoeletrônicos em fibras usadas em tecidos laváveis
Divulgação, MIT
Fonte
MIT | Instituto de Tecnologia de Massachusetts
Data
sábado, 11 agosto 2018 16:00
Áreas
Microeletrônica. Bioeletrônica. Engenharia Têxtil.
O desenvolvimento mais recente em têxteis e fibras é um tipo de hardware “embarcado”: o tecido possui dispositivos eletrônicos colocados em suas fibras.
Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) já conseguiram incorporar dispositivos semicondutores optoeletrônicos de alta velocidade, incluindo diodos emissores de luz (LEDs) e diodos fotodetectores, em fibras usadas em tecidos laváveis e transformados em sistemas de comunicação. Isso marca a conquista de um desafio já antigo que é criar tecidos “inteligentes”, incorporando dispositivos semicondutores – o ingrediente chave da eletrônica moderna – que até agora era a peça que faltava para fabricar tecidos com funcionalidade sofisticada.
Esta descoberta, dizem os pesquisadores, poderia desencadear uma nova “Lei de Moore” para fibras – em outras palavras, uma rápida progressão na qual as capacidades das fibras cresceriam rapidamente e de forma exponencial ao longo do tempo, assim como as capacidades dos microchips cresceram ao longo de décadas.
As descobertas foram descritas na revista científica Nature em um artigo que tem como autores Michael Rein, ex-aluno de pós-graduação do MIT, seu orientador Dr. Yoel Fink, professor de Ciência dos Materiais e Engenharia Elétrica do MIT e CEO da AFFOA (Advanced Functional Fabrics of America) e também uma equipe do MIT, AFFOA, Inman Mills, Escola Politécnica Federal em Lausanne, Suíça e Laboratório Lincoln.
O principal avanço para a produção dessas novas fibras foi adicionar os diodos semicondutores emissores de luz pré-formados do tamanho de um grão de areia e fios de cobre do tamanho de uma fração da espessura de um fio de cabelo. Quando aquecido num forno durante o processo de estiramento da fibra, a pré-forma do polímero é parcialmente liquefeita, formando uma fibra longa com os díodos alinhados ao longo do seu centro e ligados pelos fios de cobre.
Os pesquisadores dizem que os primeiros produtos comerciais que incorporam esta tecnologia chegarão ao mercado já no próximo ano – um tempo extremamente curto entre a pesquisa de laboratório e a comercialização. Esse rápido desenvolvimento do laboratório para o mercado foi uma parte fundamental do motivo para a criação de uma colaboração acadêmico-setorial-governamental, como a AFFOA. Estas aplicações iniciais serão produtos especializados envolvendo comunicações e segurança. “Vai ser o primeiro sistema de comunicação em tecidos. Estamos agora no processo de transição da tecnologia para fabricantes e indústrias nacionais a uma velocidade e escala sem precedentes ”, afirmam os especialistas.
Além das comunicações, as fibras poderiam potencialmente ter aplicações significativas no campo biomédico. Por exemplo, os dispositivos que usam essas fibras poderiam ser usados no desenvolvimento de uma pulseira que possa medir os níveis de oxigênio no sangue, ou mesmo transformados em uma bandagem para monitorar continuamente processos de cicatrização.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página do MIT (em inglês).
Fonte: David L. Chandler, MIT News Office. Imagem: Divulgação, MIT.
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