Notícia
Próxima geração de EEG poderá ajudar a recuperar função cerebral perdida
Dispositivo combina estimulação elétrica cerebral com registros de EEG, abrindo novos caminhos para tratamentos de distúrbios neurológicos
Pixabay
Fonte
Universidade Stanford
Data
sexta-feira, 29 junho 2018 11:20
Áreas
Neurologia. Engenharia Biomédica. Bioeletrônica.
Um dispositivo em desenvolvimento no Laboratório Nacional de Aceleradores (SLAC) do Departamento de Energia e na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, poderá ajudar a recuperar a função cerebral perdida medindo como o cérebro responde a terapias que o estimulam com correntes elétricas. A abordagem poderia abrir novos caminhos para o tratamento de distúrbios cerebrais e ativar e desativar seletivamente as atividades do cérebro, diz o Dr. Anthony Norcia, professor de psicologia em Stanford que iniciou o projeto.
A neuroestimulação via eletrodos colocados no couro cabeludo é muito promissora, mas seus efeitos imediatos são difíceis de estudar porque a resposta neural do cérebro é facilmente influenciada pelos pulsos milhões de vezes mais fortes que os pesquisadores enviam para o cérebro. Para detectar a resposta cerebral mais fraca, os cientistas tiveram que monitorar as ondas cerebrais e a resposta comportamental em sessões separadas antes e depois da estimulação. O novo dispositivo mede ondas cerebrais praticamente ao mesmo tempo em que o estímulo é aplicado, estabelecendo potencialmente uma ligação muito melhor entre os dois estímulos.
“O dispositivo funciona de forma semelhante a um radar, que envia ondas eletromagnéticas e escuta passivamente as ondas mais fracas refletidas”, explica o cientista do SLAC, Dr. Christopher Kenney. “Aqui, enviamos impulsos elétricos para o cérebro através dos eletrodos de um sistema de monitoramento de EEG, e no tempo entre esses pulsos fortes usamos os mesmos eletrodos para captar os sinais elétricos cerebrais mais fracos.”
Um novo tipo de Eletroencefalograma
Procurando por uma solução para o desafio técnico, o Dr. Anthony Norcia começou a interagir com o Dr. Christopher Kenney, especialista em desenvolvimento de sensores para experimentos que estudam os processos físicos mais fundamentais da natureza, e o Dr. Martin Breidenbach, professor de física de partículas e astrofísica do SLAC e Stanford.
Cerca de um ano após o projeto ter recebido financiamento por meio da Stanford Bio-X, a equipe testou com sucesso um protótipo para um sistema de EEG que pode fornecer estimulação elétrica do cérebro e medir a atividade contínua do cérebro ao mesmo tempo.
Para fazer isso, eles emparelharam a placa eletrônica de um monitor EEG convencional com outro que eles criaram que fornece estímulos elétricos gerados com baterias de 9 volts. Então eles testaram com sucesso o dispositivo em si mesmos. “No momento, basicamente podemos ligar e desligar estímulos e definir suas intensidades e durações”, diz o Dr. Jeff Olsen, engenheiro eletricista do projeto. “Na próxima geração, poderemos programar o dispositivo, o que nos permitirá escolher diferentes tipos de formas de sinal e sincronizar sinais elétricos com outros acionadores externos, como a estimulação visual”.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Stanford (em inglês).
Fonte: Manuel Gnida, Universidade Stanford. Imagem: Pixabay.
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