Notícia

Aparelho portátil visa acelerar atendimento a gestantes em risco

Protótipo criado por alunos da USP integra medidores de febre, pressão e batimentos cardíacos e poderá sugerir ação às enfermeiras

Henrique Fontes, Assessoria de Comunicação do SEL

Fonte

Jornal da USP | Universidade de São Paulo

Data

terça-feira, 26 junho 2018 14:00

Áreas

Bioeletrônica, Engenharia Biomédica

Uma solução para agilizar o atendimento a gestantes em situações de risco atendidas em hospitais. Essa é a ideia vencedora da SancaThon, primeira maratona de programação da USP, em São Carlos, realizada entre os dias 8 e 10 de junho, e que desafiou os participantes a criarem alternativas para problemas da cidade em 31 horas. Para ajudar a combater a mortalidade de grávidas no município, cinco estudantes da Universidade criaram um sistema portátil capaz de unir medidores de febre, pressão e batimentos cardíacos em um único dispositivo.

Com base em um diagnóstico prévio a partir dessas medições, o sistema conseguiria sugerir a profissionais de enfermagem as melhores condutas para se tomar com relação às pacientes em risco. Com isso, o equipamento poderia propor, por exemplo, a verificação de possíveis infecções, hemorragias ou, dependendo do caso, o encaminhamento imediato da gestante ao médico que, por sua vez, seria alertado sobre a gravidade da situação.

Todos os dados coletados seriam disponibilizados automaticamente na nuvem de uma rede de hospitais, dispensando o preenchimento manual de formulários e, caso a paciente precisasse ser transferida para outro local, seria feita a comunicação de informações do prontuário entre os órgãos de saúde. O design do sistema ainda será elaborado e a expectativa é de que até o final do ano o produto esteja disponível no mercado.

“O maior diferencial do aparelho é justamente integrar todas essas funções, pois facilitará muito a vida do profissional, dando a ele orientações de forma inteligente. Em complicações na gravidez, a cada hora que passa, as chances de a gestante sobreviver podem diminuir bastante”, explica Vinicius Garcia, um dos integrantes do grupo vencedor e aluno do curso de Engenharia de Computação, oferecido em conjunto pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) e pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), ambos da USP.

Nomeado de Our life, o equipamento, que deve custar em torno de R$ 2 mil será composto tanto de um software quanto de um hardware e, segundo Garcia, não será preciso treinar os profissionais que irão utilizá-lo, pois a forma de medição atual não será alterada. Ele também conta que as ponteiras dos instrumentos hospitalares frequentemente quebram e, como o protótipo desenvolvido terá os principais medidores integrados, o risco de danos será menor, gerando economia aos hospitais. Também compuseram o grupo vencedor os alunos Gabriel Cerqueira, Alexandre Bellas, Laise Cardoso e Silva e o mestrando Leonardo Moraes.

Além do título da primeira SancaThon, o trabalho também foi reconhecido pela Santa Casa de São Carlos: “Esse projeto é de grande impacto na saúde pública e, além de evitar mortes, poderá ajudar quem está no processo de assistência no pronto-socorro a acertar mais. Nas próximas semanas pretendemos iniciar alguns testes com a equipe de ensino e pesquisa do hospital”, afirma Daniel Bonini, superintendente da Santa Casa.

Acesse a notícia completa no site do Jornal da USP.

Fonte: Henrique Fontes, Assessoria de Comunicação do SEL. Imagem: Henrique Fontes, Assessoria de Comunicação do SEL.

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