Notícia
Nova técnica de análise de imagens 3D pode melhorar tratamento para artrite
Algoritmo que monitora as articulações de pacientes com artrite poderia poderia mudar a forma como a gravidade da condição é avaliada
Shutterstock
Fonte
Universidade de Cambridge
Data
sábado, 23 junho 2018 16:20
Áreas
Diagnóstico por Imagens. Radiologia. Bioinformática.
Um novo algoritmo, que monitora as articulações de pacientes com artrite e que pode mudar a forma como a gravidade da condição da articulação é avaliada, foi desenvolvido por uma equipe de engenheiros, médicos e radiologistas liderados pela Universidade de Cambridge. A técnica, que detecta pequenas alterações nas articulações com artrite, poderia permitir uma melhor compreensão de como a osteoartrite se desenvolve e permitir que a eficácia de novos tratamentos seja avaliada com mais precisão, sem a necessidade de amostragem invasiva de tecidos. Os resultados foram publicados na revista científica Scientific Reports.
A osteoartrite se desenvolve quando a cartilagem articular que reveste as extremidades dos ossos (e que permite que as articulações deslizem suavemente) é desgastada, resultando em articulações dolorosas e “travadas”. Atualmente não há cura reconhecida e o único tratamento definitivo é a cirurgia para substituição da articulação por uma prótese.
A osteoartrite é normalmente identificada em um raio X por um estreitamento do espaço entre os ossos da articulação devido a uma perda de cartilagem. No entanto, os raios X não têm sensibilidade suficiente para detectar mudanças sutis na articulação ao longo do tempo.
“Além de sua falta de sensibilidade, os raios X bidimensionais dependem dos seres humanos para interpretá-los”, disse o principal autor do estudo, Dr. Tom Turmezei, do Departamento de Engenharia de Cambridge. “Nossa capacidade de detectar mudanças estruturais para identificar doenças precocemente, monitorar a progressão e prever a resposta ao tratamento fica muito limitada por isso.”
A técnica desenvolvida pelo Dr. Tom Turmezei e seus colegas usa imagens de uma tomografia computadorizada padrão (TC), que normalmente não é usada para monitorar articulações, mas produz imagens detalhadas em três dimensões. A técnica semi-automatizada, denominada mapeamento do espaço articular, analisa as imagens de TC para identificar alterações no espaço entre os ossos da articulação em questão, um marcador substituto reconhecido para a osteoartrite. Depois de desenvolver o algoritmo com testes em articulações do quadril humano de corpos que foram doados para pesquisa médica, eles descobriram que excediam o atual ‘padrão ouro’ da imagem conjunta com raios-x em termos de sensibilidade, mostrando que era pelo menos duas vezes mais precisa na detecção de pequenas mudanças estruturais.
“Nós mostramos que esta técnica pode ser uma ferramenta importante para a análise da artrite, tanto em ambientes clínicos como de pesquisa”, disse o Dr. Turmezei. “Quando combinado com a análise estatística 3D, o algoritmo também poderia ser usado para acelerar o desenvolvimento de novos tratamentos”, conclui o pesquisador.
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Cambridge (em inglês).
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
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