Notícia
Novo material odontológico resiste à placa e mata micróbios
Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia desenvolvem material que possibilita pouca formação de placa
Getty Images
Fonte
Universidade da Pensilvânia
Data
sábado, 9 dezembro 2017 10:40
Áreas
Odontologia. Biomateriais. Biomecânica. Biotecnologia.
Os dentistas contam com materiais compósitos para realizar procedimentos restauradores, como o preenchimento de cavidades. No entanto, esses materiais, como o esmalte dos dentes, podem ser vulneráveis ao crescimento da placa, o biofilme que leva à decomposição dentária.
Em um novo estudo, pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, avaliaram um novo material odontológico ligado a um composto antimicrobiano que pode não apenas matar bactérias, mas também pode resistir ao crescimento do biofilme. Além disso, ao contrário de outros materiais, possui toxicidade mínima para o tecido circundante, pois contém uma baixa dose do agente antimicrobiano que mata apenas as bactérias que entram em contato com ele.
Segundo o Prof. Dr. Geelsu Hwang, da Universidade da Pensilvânia, “os biomateriais dentais como esses precisam atingir dois objetivos: primeiro, eles devem matar efetivamente os micróbios patogênicos e, em segundo lugar, eles precisam suportar um estresse mecânico severo, como acontece quando mordemos e mastigamos. Muitos produtos precisam de grandes quantidades de agentes antimicrobianos para maximizar a eficácia, o que pode enfraquecer as propriedades mecânicas e ser tóxico para os tecidos, mas mostramos que esse material possui excelentes propriedades mecânicas e atividades de antibiofilme duradouras sem citotoxicidade “.
O Dr. Geelsu Hwang colaborou no estudo, que foi publicado na revista científica ACS Applied Materials and Interfaces, em parceria com os professores Dr. Hyun (Michel) Koo, Dr. Bernard Koltisko e Dr. Xiaoming Jin.
O material recentemente desenvolvido é composto por uma resina que contém o agente antibacteriano imidazolium. Ao contrário de alguns biomateriais tradicionais, que liberam lentamente uma droga, este material elimina apenas os micróbios que o tocam. “Isso pode reduzir a probabilidade de resistência antimicrobiana”, disse o Dr. Hwang.
Os resultados da pesquisa mostraram que o biomaterial é efetivo na eliminação de células bacterianas em contato, dificultando a capacidade dos biofilmes de crescerem em sua superfície. Apenas quantidades muito pequenas de biofilme, conseguiram se acumular no material experimental, em contraste com um material de controle composto, que mostrou um acúmulo constante de matriz adesiva de biofilme ao longo do tempo.
Finalmente, a equipe avaliou quanta força de cisalhamento foi necessária para remover o biofilme no material experimental. Enquanto uma força relativamente pequena removeu quase todo o biofilme do material experimental, mesmo uma força quatro vezes maior era incapaz de remover o biofilme do material composto de controle.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Fonte: Katherine Unger Baillie, Universidade da Pensilvânia. Imagem: Getty Images.
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