Notícia

Novo método permite determinar zonas cerebrais afetadas por um AVC

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Fonte

Instituto Superior Técnico de Lisboa

Data

domingo, 24 setembro 2017 11:40

Áreas

Bioinformática. Processamento de Imagens. Neurologia.

Um algoritmo desenvolvido por investigadores do Instituto Superior Técnico de Lisboa, em Portugal, venceu a terceira edição da “ISLES Challenge”, uma competição internacional cujo principal objetivo é determinar a posição e forma de uma lesão cerebral causada por um acidente vascular cerebral (AVC) três meses depois do evento inicial, tendo apenas como base as imagens tridimensionais de ressonância magnética (MRI) captadas no dia do AVC.

O método com foi escolhido entre procedimentos automáticos, onde a identificação das zonas afetadas é efetuada sem intervenção humana. “Para vencer a competição usamos um algoritmo de deep learning chamado “fully convolutional neural network” que tem inúmeras utilizações na área de visão computacional”, explica o engenheiro Miguel Monteiro. A utilização de técnicas de aprendizagem profunda (deep learning) foi usada para inferir classificadores que determinam quais as zonas do cérebro foram afetadas por AVCs.

A conferência MICCAI 2017 (Conference on Medical Image Computing and Computer Assisted Intervention), realizada em Quebec, no Canadá, foi o momento escolhido para a apresentação deste método desenvolvido pelo engenheiro Miguel Monteiro em colaboração com o professor Arlindo Oliveira. O desenvolvimento de métodos de diagnóstico baseados em aprendizagem profunda tem capacidade potencial para revolucionar o diagnóstico médico, dado que em algumas áreas podem ser alcançados desempenhos superiores aos de especialistas humanos, com custo mais baixo.

“A investigação ainda se encontra numa fase bastante inicial; de futuro esperamos continuar na área de medicina assistida por computador quer para área de AVC quer para outras doenças”, acrescenta o pesquisador do IST de Lisboa.

Acelerar o sistema de saúde Português para uma nova era de medicina de precisão, aplicando estratégias de tratamento e prevenção personalizadas a cada paciente, é o grande objetivo deste grupo de pesquisa. “Este tipo de técnica poderá ser usado para informar os médicos no momento de tomar decisões de tratamento, permitindo uma melhor previsão do futuro”, conclui o engenheiro Miguel Monteiro.

Fonte: Instituto Superior Técnico de Lisboa. Imagem: Divulgação, IST-Lisboa.

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