Notícia

Coração artificial de silicone

Zurich Heart

Fonte

ETH Zurich

Data

quarta-feira, 19 julho 2017 22:18

Áreas

Cardiologia. Órgãos Artificiais. Engenharia Biomédica. Biomecânica. Biomateriais.

“Parece um coração real”. E este é o objetivo do coração artificial desenvolvido por pesquisadores suíços: imitar seu modelo natural o mais próximo possível. O coração de silicone foi desenvolvido por Nicholas Cohrs, um estudante de doutorado no grupo liderado pelo Dr. Wendelin Stark, professor de engenharia de materiais funcionais da ETH (Eidgenossische Technische Hochschule) de Zurique. A razão pela qual a natureza deve ser usada como modelo é clara: o novo órgão deve ter um funcionamento o mais próximo do fisiológico possível.

“Portanto, nosso objetivo é desenvolver um coração artificial que seja aproximadamente do mesmo tamanho que o próprio coração do paciente e que imite o coração humano o mais próximo possível na forma e função”, diz Nicholas Cohrs. Um coração artificial que funcione adequadamente e seja acessível é uma necessidade real: cerca de 26 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de insuficiência cardíaca enquanto há uma escassez de corações de doadores..

O coração artificial da ETH foi criado a partir de silicone usando uma técnica de moldagem de cera perdida e impressão em 3D. Pesa 390 gramas e tem um volume de 679 cm³. “É um monobloco de silicone com estrutura interna complexa”, explica Nicholas Cohrs. Este coração artificial tem um ventrículo direito e outro esquerdo, assim como um coração humano real, embora não estejam separados por um septo, mas por uma câmara adicional. Esta câmara está embutida e desinflada por ar pressurizado e é necessária para bombear fluido das câmaras de sangue, substituindo assim a contração muscular do coração humano.

Pensando em uma nova direção

Anastasios Petrou, doutoranda do “Product Development Group Zurich”, liderada pelo Prof. Dr. Mirko Meboldt, avaliou o desempenho do coração artificial. Os jovens pesquisadores acabaram de publicar os resultados das experiências na revista científica Artificial Organs.

Eles provaram que o coração artificial de silicone funciona e se move de maneira semelhante a um coração humano. No entanto, ainda tem um problema: atualmente ele dura cerca de 3.000 batimentos, o que corresponde a uma vida de até 45 minutos. Depois disso, o material não pode mais suportar a tensão. Nicholas Cohrs explica: “Este foi simplesmente um teste de viabilidade. Nosso objetivo não era apresentar um coração pronto para implantação, mas pensar em uma nova direção para o desenvolvimento de corações artificiais. É claro que o desempenho teria que ser significativamente aprimorado”, conclui o estudante.

Assista ao vídeo de apresentação do novo coração artificial:

Fonte: Franziska Schmidt, ETH Zurich. Imagem: Zurich Heart.

 

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