Notícia
Intubação traqueal guiada por fibra óptica
Estuo compara vários dispositivos supraglóticos
Divulgação.
Fonte
Revista Brasileira de Anestesiologia
Data
quarta-feira, 29 março 2017 18:40
Áreas
Pneumologia. Anestesiologia. Enfermagem. Terapia Intensiva. Engenharia Biomédica.
A intubação traqueal (IT) é considerada o método padrão-ouro para o manejo das vias aéreas em situações de emergência e para a realização da anestesia geral. Entretanto, a técnica para a IT requer treinamento e proficiência, sendo que a incidência de dificuldades para a execução desse procedimento pode chegar até 18% dos casos.
Nas situações clínicas em que a IT falhe, a aplicação da máscara laríngea com a utilização de dispositivos menos invasivos para a oxigenação adequada tem sido recomendada. Contudo, existe a possibilidade de inserção desses dispositivos às cegas o que aumentaria o risco de aspiração. Nesses casos, pode ser necessária a substituição pela IT ou a manutenção do dispositivo para preservar a permeabilidade das vias aéreas enquanto outros procedimentos ocorrem mantendo o fornecimento adequado de oxigênio.
Para garantir o posicionamento adequado do tubo traqueal, o permutador de tubo pode ser colocado sob a orientação de fibra óptica para abrir a glote através do lúmen, o que aumenta significativamente a taxa de sucesso em comparação com a inserção às cegas. Porém, a posição dos dispositivos na faringe é variável devido ao formato e a composição dos materiais.
Pesquisadores alemães publicaram um artigo científico na edição de março/abril de 2017 da Revista Brasileira de Anestesiologia para avaliar o posicionamento faríngeo de diferentes dispositivos supraglóticos (DSG) em relação à abertura da glote e sua potencial viabilidade como uma via aérea designada para a intubação guiada por fibra óptica (IGFO). Foram selecionados 52 pacientes adultos submetidos à anestesia eletiva foram randomicamente designados para um dos DSGs: tubo laríngeo (TL), máscara laríngea (ML) I-Gel, ML Unique, ML Supreme, ML AuraOnce.
Após a indução padronizada da anestesia, o DSG foi colocado de acordo com as recomendações do fabricante. Após ventilação bem-sucedida, a posição do DSG em relação à abertura da glote foi examinada com um endoscópio flexível. Uma abertura da glote total ou parcialmente visível foi considerada como adequada para a IGFO. Os resultados mostraram que a colocação do DSG e a ventilação adequada foram bem-sucedidas em todas as tentativas. A visão da glote adequada para a IGFO diferiu entre os dispositivos, variou de 40% para o TL, 66% para a ML Supreme, 70% para a ML I-Gel e 90% para ambas as máscaras laríngeas Unique e AuraOnce.
Os autores concluíram que nenhum dos DSG usados ofereceu uma visão total ou parcial da glote em todos os casos. Porém, as máscaras laríngeas Unique e AuraOnce pareceram mais adequadas para a IGFO em comparação com os outros dispositivos.
Fonte: Revista Brasileira de Anestesiologia. Imagem: Divulgação.
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