Notícia

Febre amarela e gestação: especialistas orientam

Comissão Nacional Especializada da Febrasgo orienta sobre a febre amarela

Divulgação

Fonte

Febrasgo

Data

quinta-feira, 16 fevereiro 2017 12:50

Áreas

Infectologia. Parasitologia. Saúde Pública. Saúde da Mulher.

Frente ao aumento no número de casos de febre amarela em algumas regiões do país, a Comissão Nacional Especializada em Vacinas da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) orienta a população sobre os procedimentos indicados frente a este problema, visando proteger as mulheres já grávidas e as que pretendem engravidar.

Febre Amarela

A febre amarela é uma doença viral aguda e de gravidade variável, transmitida pela picada de mosquitos contaminados (Aedes e Haemagogus), com alta letalidade na forma hemorrágica (50%), sendo os meses chuvosos mais propícios para a transmissão da doença. A febra amarela não é transmissível entre indivíduos. A forma silvestre é endêmica entre macacos de vários locais do Brasil e a população de risco é constituída por pessoas não vacinadas e que frequentam esses ambientes, sendo esta a forma mais frequente em humanos. Não há tratamento específico e, historicamente, a vacinação da população de risco tem controlado e evitado esta doença. As áreas de risco, próximas a regiões de doença endêmica na forma silvestre, foram definidas pelo Ministério da Saúde (http://bvsms.saude.gov.br/bvs/febreamarela/viajantes.php)

Quadro Clínico

A incubação ocorre entre 3 e 6 dias, seguida da fase de viremia caracterizada por febre alta e pulso lento, com cefaleia, calafrios, mialgia, náuseas, vômitos e prostração, com duração de 3 dias. Após um período de melhora clínica que varia de horas até 2 dias, ou há a resolução do quadro ou é iniciada uma fase característica da forma grave. Continua a febre alta, diarreia e o reaparecimento de náuseas e vômitos, com sinais de sangramento. Instalam-se insuficiência renal e hepática graves com icterícia, sintomas hemorrágicos e sensoriais. O óbito ocorre após 6 a 7 dias do início dos sintomas. Há casos de evolução rápida e óbito em 24 horas e casos que evoluem para cura espontânea.

Na Gestante

Existem poucas informações sobre a febre amarela na gestação, mas acredita-se que haja tendência de associação com risco de abortamento ou mesmo óbito da gestante. Em relação à transmissão fetal, nos poucos casos estudados de óbito de mães infectadas, não foram detectadas alterações no feto. A vacina contra a febre amarela contém o vírus atenuado, por isso é contraindicada na gravidez. No entanto, na vigência de surtos de febre amarela e risco elevado da doença em gestantes, estas podem ser vacinadas. Nessa situação, a contraindicação de vacina para a gestante é modificada de absoluta para relativa.

Diagnóstico

O diagnóstico inicial é clínico. A sorologia para detecção de IgM, que surge a partir do quinto dia da doença, ou a detecção seriada de IgG com aumento de 4x do nível inicial, tem resultado relativamente rápido e auxilia no diagnóstico clínico-laboratorial, mas pode estar presente no caso de vacinação prévia.

Vacinação

A vacina é composta por vírus vivo atenuado e, quando indicada, deve ser aplicada por via subcutânea na dose de 0,5 ml, independentemente da idade do paciente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) passou recentemente a recomendar uma única dose para viajantes que se destinam a países onde o Certificado Internacional de Vacinação ou Prevenção (CIVP) é exigido. O esquema de doses recomendado no Brasil pelo Ministério da Saúde é composto de duas doses para pessoas que vivem em Área com Recomendação de Vacina (ACRV) ou que vão visita-las (veja no mapa).

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Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/portarias-esclarecimentos/427-o-ministerio/o-ministerio-principal/secretaria-svs/vigilancia-de-a-a-z/febre-amarela/l1-febre-amarela

 

Contraindicações

Crianças menores de 6 meses de idade, pessoas com imunossupressão (HIV, transplantados, câncer entre outros), gestantes em qualquer fase, mulheres amamentando lactentes com menos de 6 meses. Pessoas com história de alergia grave/anafilaxia após ingestão de ovo de galinha ou à vacinação prévia.

Precauções

A vacinação de indivíduos a partir de 60 anos apresenta um maior risco de eventos adversos graves sistêmicos e deve ser evitada, a menos que haja alto risco de infecção. É prudente que uma vacinação com vírus vivo atenuado em mulheres em idade fértil esteja acompanhada de uma adequada orientação de contracepção por 30 dias. Mas, no caso de gravidez neste período, deve-se tranquilizar a gestante, pois o risco teórico de complicações é baixo.

 

Fonte: Febrasgo. Imagem: Divulgação.

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