Notícia
Câncer de pele: novo modelo pode ajudar na prevenção e tratamento
Pesquisadores da Universidade de Dundee validam modelo de câncer de pele em camundongos
Divulgação, Universidade de Dundee
Fonte
Universidade de Dundee
Data
domingo, 22 janeiro 2017 11:25
Áreas
Medicina. Oncologia. Patologia. Biologia Celular e Molecular. Câncer de Pele.
Pesquisadores da Universidade de Dundee, na Escócia, descobriram que o câncer de pele em camundongos pode servir como modelo de estudo para este tipo de câncer encontrado em seres humanos, podendo ser usado para ajudar a desenvolver novas drogas e encontrar novas formas de prevenir a doença.
O câncer de pele é o câncer mais comum em todo o mundo e o número de casos tem aumentado nos últimos anos. Segundo o Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA), o câncer de pele é o mais frequente no Brasil e corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados no país.
Em muitos casos, o câncer de pele pode ser removido, mas ainda constitui uma causa importante de morbidade e mortalidade, especialmente em certas populações de alto risco, como receptores de transplante de órgãos e pacientes com doença inflamatória intestinal.
Até agora não havia nenhum modelo pré-clínico eficaz que pudesse ser usado para testar e desenvolver novos tratamentos e oferecer um estudo detalhado do desenvolvimento do câncer de pele. Agora a equipe de Dundee mostrou que os camundongos podem oferecer novos caminhos para o entendimento do câncer de pele não-melanoma.
“Existe uma necessidade urgente de encontrar um método eficaz de prevenção e tratamento, mas modelos pré-clínicos adequados ainda não estão disponíveis”, disse a Dra. Albena Dinkova-Kostova, professora de Biologia Química na Faculdade de Medicina da Universidade.
“Desenvolvemos um novo modelo pré-clínico de câncer de pele induzido por radiação ultravioleta. Análises detalhadas da histopatologia tumoral e sequenciamento do DNA genômico isolado do tecido tumoral revelaram que os tumores cutâneos que vemos em camundongos representam com precisão a doença humana. Propomos o uso deste modelo para estudar o desenvolvimento do câncer de pele e testar a eficácia de potenciais agentes farmacológicos para a prevenção e tratamento de câncer de pele. Existe uma necessidade particular de desenvolver novos tratamentos que possam ajudar os grupos especialmente de alto risco, como os pacientes transplantados”, explicou a Dra. Albena.
A imagem mostra um carcinoma de células escamosas invasivo precoce. Os carcinomas cutâneos de células escamosas (cSCC) estão entre as doenças malignas mais comuns em todo o mundo. (Fonte: Divulgação, Universidade de Dundee).
A pesquisa foi financiada pela Tenovus Scotland, Cancer Research UK e a British Skin Foundation. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica Cancer Prevention Research.
A Dra. Emma Smith, gerente de informações científicas da Cancer Research UK, ressalta: “Estudar camundongos para entender como o câncer de pele não melanoma se desenvolve pode fornecer pistas importantes para o desenvolvimento de novos tratamentos. O câncer não-melanoma é um tipo de câncer de pele comum e para a maioria das pessoas o tratamento é simples e bem-sucedido. Mas para alguns pode ser muito mais grave, e esta pesquisa é um passo importante para encontrar tratamentos mais adequados para este grupo de pacientes”.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Fonte: Roddy Isles, Universidade de Dundee. Imagem: Divulgação, Universidade de Dundee.
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