Notícia
Paciente canta e toca violão durante cirurgia neurológica
Craniotomia foi realizada no Hospital de Câncer de Barretos
DIvulgação
Fonte
Hospital de Câncer de Barretos
Data
quarta-feira, 18 janeiro 2017 10:50
Áreas
Oncologia. Neurologia. Neurocirurgia.
Há três anos, o paciente Reginaldo Oliveira Santos Junior, de 31 anos, teve uma convulsão na casa onde mora com a esposa e o filho de cinco anos, no município de Suzano (SP). Todas as vezes que passava mal, ia ao médico e voltava para casa medicado. No entanto, há um ano e meio, ele foi diagnosticado com um tumor cerebral.
Desde 2004, Junior, que é conhecido pelo nome artístico de Felipe Reis, vive da música. Por isso, para auxiliar na craniotomia, o rapaz tocou violão e cantou uma canção enquanto os médicos do Hospital de Câncer de Barretos realizavam o procedimento. “Eu nunca pensei que fosse passar por algo do tipo. Mas estou confiante e vai dar tudo certo com muita fé em Deus”, contou antes de entrar para o centro cirúrgico.
Cirurgia
Segundo o neurocirurgião responsável pelo caso, Dr. Carlos Afonso Clara, o procedimento com o paciente acordado já aconteceu na instituição. Porém, esta foi a primeira vez em que um paciente a ser operado cantou e tocou violão durante a cirurgia. “O procedimento com o paciente acordado possibilita que o cirurgião estimule o cérebro identificando as áreas que podem ser operadas”, afirmou.
Os profissionais estimulavam o órgão do paciente e a cada reação, a cada nota e a cada toque no instrumento musical, os médicos analisavam os pontos que poderiam ser retirados durante a cirurgia inusitada. Um aparelho monitorava as reações do paciente aos “mini-choques” que ele recebia para estimulá-lo.
Além da música, para verificar a parte cognitiva do paciente, um tablet com várias imagens foi mostrado ao cantor e na medida em que ele interagia, os profissionais eram guiados para realizar a cirurgia da melhor forma. O neurocirurgião explica que o procedimento foi feito para controlar a capacidade de fala, compreensão e interpretação da linguagem utilizada pelo paciente durante a cirurgia.
“Realizar uma cirurgia com o paciente acordado tem o objetivo de preservar as funções dele, para que possa ter uma melhor qualidade de vida após a operação. Antes, com a pessoa totalmente anestesiada, o cirurgião tendia a ser um pouco mais agressivo e isso podia gerar consequências ao paciente”, relatou o Dr. Carlos Afonso.
Ainda de acordo com o neurocirurgião, a intenção não era ressecar o tumor todo. O que foi não retirado pela equipe médica poderá ser tratado com quimioterapia ou radioterapia. Mas isso dependerá de como Junior irá reagir no pós-operatório. “Conforme ele ia cantando, tocando o violão e respondendo às perguntas, fomos desenhando e mapeando a área que deveria ser preservada e a que deveria ser retirada.”
Assista ao vídeo realizado durante a cirurgia:
Leia a matéria completa no Hospital de Câncer de Barretos.
Fonte: Hospital de Câncer de Barretos. Imagem: Divulgação.
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