Notícia
Terapia assistida com cães em pediatria oncológica
Comunicação e integração foram otimizadas
Pixabay
Fonte
Revista Brasileira de Enfermagem
Data
sábado, 10 dezembro 2016 10:00
Áreas
Oncologia. Pediatria. Enfermagem.
A Terapia Assistida por Animais (TAA) refere-se aos serviços desenvolvidos por profissionais de saúde que utilizam o animal como parte integrante do cuidado em saúde. Mais do que um cuidado considerado contemporâneo, a TAA remete aos registros de Florence Nightingale de 1860, a partir das observações de pacientes que contavam com a companhia de pequenos animais e suas consequentes manifestações de melhora na saúde.
No contexto da Enfermagem, mediante revisão integrativa sobre TAA realizada recentemente, evidenciou-se que cada vez mais a profissão tem aderido à terapia para reduzir a dor, ansiedade, aumentar a socialização e qualidade de vida, e contribuir com tratamentos em diversas áreas da saúde1. Dentre os animais mais utilizados por enfermeiros, destaca-se o cão, por meio da Terapia Assistida com Cães (TAC): o animal possui uma afeição natural pelas pessoas, é facilmente adestrado e cria respostas positivas ao toque.
Para o cuidado de crianças e adolescentes com câncer, a introdução do cão, de forma terapêutica, tem colaborado para aumentar autoestima, compensar déficits afetivos e estruturais, aumentar a concentração plasmática de endorfinas e diminuir a concentração plasmática de cortisol, substância que atua diretamente no estado de ansiedade. Além disso, melhora a interação social, promove o autocuidado e comunicação entre equipe de saúde, família e entre outras crianças. Apesar de todos os benefícios evidenciados pela TAC, ainda existem muitas dúvidas e medos por parte dos profissionais de saúde e familiares, principalmente entre as crianças com câncer devido ao estado de imunossupressão que favorece o aparecimento de infecções oportunistas.
Estudo
Um estudo realizado por enfermeiros da Universidade Federal do Ceará (UFC) e Universidade Federal do Piauí (UFPI) foi publicado na edição de dezembro de 2016 da Revista Brasileira de Enfermagem, avaliou 16 portadores de câncer infantil submetidos a TAC.
Os resultados mostraram um efeito benéfico nos pacientes hospitalizados, o que facilitou a adaptação ao ambiente hospitalar, socialização com os profissionais de saúde, reduziu a ansiedade e o trauma da internação. Os pais observaram uma redução do estresse e uma tranquilização da criança para a realização de procedimentos com punções e curativos. No entanto, a TAC possui algumas limitações como no pós-operatório imediato, pacientes submetidos a esplenectomia recente, alérgicos, imunossuprimidos graves ou que possuam fobias a animais.
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Fonte: Revista Brasileira de Enfermagem. Imagem: Pixabay.
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