Notícia

Estudo multicêntrico avalia novo fármaco para tratamento da rinite alérgica

Fármaco experimental mostrou eficácia e segurança

Fonte

Brazilian Journal of Otorhinolaryngology

Data

quarta-feira, 30 novembro 2016 22:25

Áreas

Otorrinolaringologia. Alergia.

A rinite alérgica (RA) é uma doença caracterizada por inflamação crônica da mucosa do trato respiratório. Seus principais sintomas são: congestão nasal, espirros, rinorreia anterior e posterior, prurido nasal, prurido ocular e palatino, hiperemia conjuntival e lacrimejamento. Considerada como a doença respiratória mais prevalente no Brasil e no mundo, estimativas recentes indicam que aproximadamente 500 milhões de pessoas ao redor do globo sofrem de rinite alérgica.

No Brasil, estima-se uma prevalência média em adolescentes e em crianças em idade escolar de 29,6 e 25,7%, respectivamente. As manifestações clínicas da rinite alérgica ocorrem após a interação entre um alérgeno específico e o sistema imune de um indivíduo previamente sensibilizado. A hipersensibilidade imediata é uma reação rápida, com participação da imunoglobulina E (IgE) e dos mastócitos, seguida por inflamação. A RA pode ser classificada de acordo com a duração (intermitente ou persistente) e intensidade dos sintomas (leve ou moderada/grave). Embora seja benigna, a RA exerce impacto significativo na qualidade de vida, afetando a vida social, o sono e também o desempenho na escola e no trabalho.

Tratamento

O principal objetivo do tratamento da rinite alérgica é prevenir ou aliviar os sintomas com máxima segurança/eficácia. Há diversas classes farmacológicas empregadas no tratamento, como, por exemplo, anti-histamínicos orais ou tópicos, descongestionantes intranasais, antagonistas do receptor de leucotrieno e corticosteroides intranasais tópicos. Esses últimos agentes são considerados medicação de primeira escolha no tratamento anti-inflamatório de doenças alérgicas moderadas a graves. O mecanismo de ação dos corticosteroides envolve mediadores químicos e as células comprometidas no processo inflamatório alérgico que estabelece a rinite.

As formulações intranasais têm a vantagem da administração local, com um início de ação mais rápido, em comparação com as terapias sistêmicas. Além disso, existem evidências de que os corticosteroides auxiliam no controle das comorbidades da rinite, como a conjuntivite alérgica e a asma. O furoato de mometasona é um glicocorticoide sintético para uso intranasal tópico, capaz de inibir a formação, liberação e atividade de mediadores químicos endógenos, e que também limita a fase celular da inflamação alérgica. Sua aplicação intranasal controla tanto a resposta alérgicas inicial como a tardia.

Na edição de outubro da revista científica Brazilian Journal of  Otorhinolaryngology foi publicado um estudo multicêntrico, envolvendo sete pesquisadores em diferentes localidades, com o objetivo de comparar a eficácia e segurança de duas formulações (uma medicação de controle e o fármaco sob investigação) contendo furoato de mometasona no tratamento da rinite alérgica persistente leve, moderada ou grave por um período de quatro semanas. O estudo foi patrocinado pela Eurofarma Laboratórios S.A. No total foram avaliados 386 portadores de rinite alérgica, sendo que no grupo I , 191 pacientes receberam a medicação controle (Nasonex(r), Schering-Plough Pharmaceuticals Ltda.) administrada na dose diária total de 200 mg (dois sprays de 100 mg em cada narina, uma vez ao dia) e no grupo II, 196 pacientes receberam o fármaco sob investigação, o furoato de mometasona (Eurofarma S.A.) . Como resultado foi observado que a eficácia e a segurança do fármaco experimental no tratamento da rinite alérgica persistente foram similares às do produto de referência.

Acesse o artigo científico completo. (em inglês). O artigo também está disponível em português, mas não há link direto.

Fonte: Brazilian Journal of Otorhinolaryngology. Imagem: Wikimedia Commons.

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