Notícia
Uso de protetor solar é necessário mesmo em ambientes fechados
Prática vem sendo difundida entre a população brasileira, mas está longe do ideal
O uso do protetor solar é uma prática que vem sendo difundida entre a população brasileira nos últimos anos, mas ainda está longe da utilização ideal. A informação é da médica dermatologista do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS), Dra. Jonnia Araujo.
“Já existe um consenso da Sociedade Brasileira de Dermatologia sobre a necessidade do uso do protetor solar com fator de proteção 30 no dia-a-dia das pessoas. Indivíduos com pele étnica podem usar o 20. Porém, muita gente ainda pensa que o fato de estar em um carro, com os vidros fechados, e depois chegar a um escritório, por exemplo, com ar condicionado, exclui a necessidade do uso do protetor, o que não é verdade”, afirma a médica.
De acordo com ela, mesmo para o indivíduo que executa suas atividades vestindo um terno, por exemplo, o protetor é recomendado, pois a pessoa continua com partes do corpo completamente expostas à radiação solar, como rosto, pescoço e mãos.
No caso de trabalhadores que tenham exposições constantes e consideradas laborativas, o fator de proteção deve ser ainda maior. “Aqueles que atuam em construção civil, jardinagem, agricultura ou outras atividades que exigem exposição frequente da pele, devem redobrar os cuidados, usando um fator 50 e complementando com chapéus, óculos e roupas de mangas compridas”, exemplifica a Dra. Jonnia.
A dermatologista ressalta ainda que o uso do fator de proteção 30, que deve ser um hábito, se aplica àquelas pessoas que não possuem histórico de câncer de pele ou doenças que sensibilizam a pele, a exemplo do lúpus.
“Nesses casos, o fator também deve ser maior. Sempre gosto de dizer que um protetor fator 30, quando corretamente aplicado, significa que o indivíduo está 30 vezes mais protegido do que aquele que não está usando o produto. Um fator 50, 50 vezes, e assim sucessivamente”, explica a médica.
Efeitos
A Dra. Jonnia ressalta ainda que o dano solar é cumulativo. “Mesmo cinco a dez anos após parar de se expor ao sol sem proteção, as alterações na pele podem se manifestar. Por isso, é de extrema importância a educação infantil, a conscientização desde cedo. A partir dos seis meses de idade já recomendamos o uso do protetor solar”, diz.
“Independentemente da idade, não basta aplicar o protetor solar na pele apenas uma vez, como a maioria das pessoas costuma fazer. É necessário reaplicar sempre, mesmo quando se mora em uma região considerada fria, pois o impacto não é necessariamente o do sol, mas o da radiação”, complementa.
Fonte: Ebserh e HU-UFS. Imagem: Pixabay.
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