Notícia

Fumar reduz a capacidade de fertilização do espermatozóide

Em estudo da Unifesp, DNA de tabagistas apresentou fragmentação maior do que de não fumantes

Pixabay

Fonte

Unifesp

Data

segunda-feira, 1 agosto 2016 11:50

Áreas

Urologia. Fertilidade Masculina.

Um estudo do Centro de Pesquisa em Urologia da Disciplina de Urologia do Departamento de Cirurgia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), juntamente com o Hospital São Paulo (HU/HSP), concluiu que fumar provoca uma diminuição da qualidade do sêmen, afetando sua capacidade de fertilizar o óvulo com sucesso. Os resultados são da dissertação de mestrado da estudante Mariana Antoniassi, sob a orientação do Prof. Dr. Ricardo Pimenta Bertolla, e foram publicados na revista científica BJU International.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Para o trabalho, foi analisado o sêmen – fluído que transporta os espermatozoides – de 20 tagabistas, que fumavam pelo menos dez cigarros por dia, e de 20 não fumantes. Os voluntários de ambos os grupos tinham entre 20 e 50 anos.

O DNA do grupo tabagista apresentou uma fragmentação de quatro a cinco vezes maior quando comparado aos não fumantes, provavelmente, devido ao estresse oxidativo causado pelo cádmio e pela nicotina presentes na composição do cigarro.

“O estudo é inovador pois traz a informação de que o sêmen dos tabagistas apresenta uma natureza inflamatória”, afirma a pesquisadora. “Esse estresse, caracterizado pelo excesso de radicais livres, pode desestabilizar o espermatozoide e prejudicar sua função de fertilizar”.

“A fragmentação do DNA dos espermatozoides tem sido mostrada em outros estudos e está associada ao aumento de riscos de problemas genéticos no feto e ao desenvolvimento de câncer na infância”, alerta o professor Ricardo Bertolla, que é responsável pelo Centro de Pesquisa em Urologia.

Além disso, as mitocôndrias também estavam menos ativas nos espermatozoides dos fumantes. “Elas geram energia para o espermatozoide; se estão menos ativas, significa que eles terão sua movimentação prejudicada, o que diminui a chance para que ocorra fertilização”, explica Mariana.

Os pesquisadores encontraram ainda uma maior porcentagem de acrossomas defeituosos, que é a parte da cabeça do espermatozoide que libera enzimas que o permitam entrar no óvulo, bem como alterações nas proteínas do plasma seminal dos fumantes. Essas alterações proteicas demonstram que o sêmen desses pacientes está em um estado inflamatório, o que potencializa os danos aos espermatozoides.

Fonte: Daniel Patini, Unifesp. Imagem: Pixabay.

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