Notícia
Cirurgia plástica para as pálpebras: blefaroplastia
Rejuvenescimento palpebral pode melhorar a autoestima
Pixabay
Fonte
Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face
Data
sexta-feira, 1 julho 2016 19:40
Áreas
Cirurgia Plástica.
Blefaroplastia é uma palavra de origem grega (blepharos refere-se às pálpebras e plastikós à forma) utilizada para denominar a cirurgia de rejuvenescimento palpebral. Essa cirurgia pode ser realizada isoladamente ou associada a outros procedimentos que completam o tratamento dos sinais de envelhecimento. As técnicas clássicas de blefaroplastia têm como finalidade aprimorar e corrigir a função, a forma e o aspecto estético das pálpebras e estão entre os procedimentos mais realizados na cirurgia plástica. O rejuvenescimento palpebral é quase sempre obtido mediante adequada ressecção do corpo adiposo da órbita (“bolsas adiposas”) e, quando necessário, tratamento cutâneo.
São conhecidas duas vias de acesso para o tratamento da pálpebra inferior. A primeira via de acesso é a transcutânea, em que são removidos pele, musculatura e corpo adiposo da órbita através de uma incisão cutânea infraciliar. Esse acesso oferece exposição adequada do corpo adiposo da órbita e cicatriz final bastante aceitável. Infelizmente, podem ocorrer algumas complicações, variando de uma esclera aparente até ectrópio grave. A outra via é a transconjuntival, que tem conquistado aceitação nos dias atuais, em decorrência da menor incidência de complicações. Geralmente está indicada em pacientes jovens ou que apresentem corpos adiposos da órbita redundantes, com mínimo ou nenhum excedente cutâneo. A via transconjuntival não produz cicatrizes visíveis e ainda possibilita a abordagem direta do corpo adiposo da órbita sem agredir pele, musculatura orbicular e septo orbital. A blefaroplastia inferior transconjuntival que apresentar excedente cutâneo pode se beneficiar de tratamentos alternativos, como resurfacing a laser e peelings químicos ou, ainda, ressecção cutânea associada à abordagem transconjuntival.
O uso do octil-2-cianoacrilato (Dermabond®) teve inicialmente como candidatos os pacientes pediátricos com pequenas lacerações traumáticas que necessitavam de suturas. Atualmente, alguns estudos em cirurgia plástica tem utilizado o 2-octil-cianoacrilato em blefaroplastias.
A blefaroplastia dura em média entre 1 e 3 horas, sendo realizada com anestesia local ou geral (dependendo do caso). Os olhos ficam inchados geralmente nos três primeiros dias quando começa a regressão. O edema (inchaço) dos olhos varia de paciente para paciente. Existem aqueles (as) que já no quarto ou quinto dia apresentam-se com um aspecto bastante natural. Outros irão atingir este resultado após o oitavo dia ou mesmo após duas semanas. Mesmo assim, os três primeiros dias do pós-operatório são aqueles em que existe maior “inchaço” das pálpebras. O uso de óculos escuros poderá ser útil nesta fase, assim como a utilização de compressas frias diminui a intensidade do edema. As “manchas roxas” que ocorrem em alguns casos, são devido à infiltração do sangue na pele subjacente (equimoses), e mesmo na conjuntiva ocular e são devidas ao próprio trauma cirúrgico. O resultado definitivo ocorre ao redor de três meses após a cirurgia. As complicações mais comuns são: ptose da pálpebra superior, lagoftalmia causada pela ressecção incorreta da pele, cicatrizes, anomalias da prega palpebral e retração.
O cirurgião plástico Dr. Carlos Koji Ishizuka, médico especialista em cirurgia plástica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) publicou um estudo na Revista Brasileira de Cirurgia Plástica sobre a evolução da autoestima em pacientes submetidas à blefaroplastia. Acesse o artigo científico.
Assista ao vídeo sobre blefaroplastia produzido pela Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face:
Fonte: Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face. Imagem: Pixabay.
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