Notícia
Kit de diagnóstico clínico auxilia prescrição de antibióticos
Inovação será produzida por consórcio liderado por empresa nascente na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto
Divulgação, FASTInov
Fonte
Faculdade de Medicina da Universidade do Porto
Data
terça-feira, 14 junho 2016 13:25
Áreas
Biomedicina. Biotecnologia.
Um consórcio liderado pela FASTinov, uma empresa constituída a partir de um grupo de pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), em Portugal, vai receber 2,6 milhões de euros da Comissão Europeia para lançar no mercado um kit de diagnóstico clínico que promete revolucionar a forma como os médicos prescrevem antibióticos. O novo Kit permite determinar em 60 minutos a suscetibilidade das bactérias aos antibióticos a partir de hemoculturas, o que aumentará a rapidez e a eficiência do tratamento prescrito aos doentes que sofrem graves infeções bacterianas.
Assim, “será possível em apenas uma hora detectar a resistência aos diferentes antimicrobianos”, explica a Dra. Cidália Pina Vaz, presidente da FASTinov e professora da FMUP. Deste modo “é possível dirigir a terapêutica e medicar com segurança”, acrescenta ainda.
Os testes existentes de momento não permitem obter resultados antes de 48 horas. Não sendo possível aguardar, como acontece com os doentes em estado grave, os médicos veem-se obrigados a medicar com base em dados epidemiológicos – ou seja, “prescrevem o medicamento mais eficiente para os tipos de bactérias mais prevalentes”, explica a microbiologista. Este “procedimento tem riscos para o doente, aumentando o tempo de internamento e o custo hospitalar e contribui para o crescente fenômeno de resistência das bactérias aos antibióticos”, lembra a Dra. Sofia Costa de Oliveira, coordenadora científica da FASTinov e professora da FMUP. “Caso a bactéria seja resistente ao antibiótico receitado, o doente pode apresentar complicações graves ou mesmo morrer”, explica a Dra. Cidália.
Além da avaliação da suscetibilidade, o novo kit permite desvendar qual o mecanismo de resistência envolvido em curto espaço de tempo. Sabendo que alguns destes mecanismos se difundem muito rapidamente, é crucial a sua detecção precoce a fim de possibilitar o isolamento do doente em tempo útil evitando surtos de infeção hospitalar.
O projeto é liderado pela FASTinov, sendo que o consórcio – que deve se oficializar nas próximas semanas – será ainda constituído pelas empresas µRoboptics (Portugal/Oliveira do Hospital), SERMAS (Espanha), Euroclone Diagnostica (Itália) e Profess Medical Consultancy BV (Países Baixos).
A FASTinov é assim a primeira pequena empresa portuguesa que lidera um consórcio no âmbito do programa FTI (Fast Track to Innovation) – um instrumento para promoção da inovação na fase de aproximação com o mercado.
Fonte: Olga Magalhães, FMUP. Imagem: Divulgação, FASTInov.
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