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Cadeira de rodas permite movimentação na posição ereta

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Fonte

RESNA e LEVO

Data

sexta-feira, 3 junho 2016 20:30

Áreas

Mobilidade. Reabilitação. Biomecânica. Inclusão Social.

As pessoas com lesão medular portadoras de paraplegia (perda da sensibilidade e dos movimentos dos membros inferiores) e aquelas acometidas por doenças que ocasionam a paraplegia utilizam normalmente a cadeira de rodas para a sua movimentação diária. Dentre as causas mais comuns da paraplegia, estão as vítimas de traumas no trânsito, feridos por armas de fogo, queda de altura, tumores na coluna, malformações, infecções e doenças degenerativas.

Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2015, cerca de 1,3% da população brasileira tem algum tipo de deficiência física, sendo que quase metade deste total, ou cerca de 0,6% da população, apresenta grau intenso ou muito intenso de limitações, ou seja, cerca de 1,2 milhão de pessoas cadeirantes ou potencialmente cadeirantes.

Em pessoas paraplégicas, a perda de sensibilidade na região glútea e o longo tempo de permanência sentado na cadeira acabam gerando problemas como úlceras de pressão e escaras, aumentando o risco de infecção. Se a pessoa com deficiência motora que utiliza cadeira de rodas pudesse se manter na posição ereta, certamente o risco deste tipo de problema seria reduzido.

Pesquisadores do Departamento de Reabilitação da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, desenvolveram um protótipo de cadeira de rodas que permite a movimentação na posição ereta. O protótipo foi testado em 4 ex-militares veteranos vinculados ao sistema de saúde de Minnesota. Uma das vantagens do sistema consiste em possibilitar que o cadeirante estenda a base do suporte da cadeira através de uma alavanca, com suporte estável para os pés e para os braços, além de manter os joelhos estáveis e fixos junto à cadeira. A transmissão do impulso ocorre através de dois aros posicionados um de cada lado do membro superior, que são movimentados pela mão do próprio cadeirante, gerando a energia responsável pelo deslocamento. Outra vantagem do sistema é a estabilidade do conjunto que torna capaz a superação de pequenos obstáculos encontrados no trajeto, além da realização de uma atividade física que melhora a capacidade cardio-respiratória. Os resultados desse estudo foram divulgados na edição de maio de 2016 da revista científica Assistive Tecnology, vinculada à Sociedade de Tecnologia Assistiva e Engenharia de Reabilitação da América do Norte (RESNA). O trabalho também havia sido apresentado no Congresso dessa sociedade em 2015.

Com a finalização dos testes, a produção e comercialização dessa cadeira de rodas ficará a cargo da empresa LEVO, que está no mercado desde 1975 e atua em diversos países. Ainda não se sabe se o equipamento chegará ao Brasil, quando chegará ou qual será o custo.

Veja as possibilidades de uso da cadeira no vídeo abaixo:

 

Fonte: RESNA e LEVO.

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