Notícia
Avaliação do risco cardiovascular: pesquisadores testam novo método
Radiofármaco fluoreto de sódio marcado com flúor-18 pode ser eficaz na identificação precoce da doença cardiovascular
Divulgação, UC
Fonte
Universidade de Coimbra, Portugal
Data
terça-feira, 3 maio 2016 19:30
Áreas
Medicina. Cardiologia. Biotecnologia. Imagens Médicas.
Um estudo piloto realizado no ICNAS – Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde da Universidade de Coimbra (UC), em Portugal – mostrou que o radiofármaco fluoreto de sódio marcado com flúor-18, usado classicamente na detecção de metástases ósseas, parece ser eficaz na identificação precoce da doença cardiovascular.
Uma equipe multidisciplinar, liderada pela docente e pesquisadora Dra. Maria João Ferreira, da Faculdade de Medicina da UC (FMUC), aplicou o método de imagem não invasiva em indivíduos com risco cardiovascular, seguidos na consulta externa de Cardiologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (HUC-CHUC).
Foi verificado ser possível identificar placas ateroscleróticas em processo de microcalcificação ativa, mais vulneráveis e por isso mais sujeitas a ruptura, o que parece relacionar-se com o risco de se associarem a quadros agudos como o enfarte do miocárdio ou o acidente vascular cerebral. O seu reconhecimento pode condicionar tratamentos que visam a sua estabilização e, consequentemente, a diminuição do risco de eventos cardiovasculares.
Os resultados obtidos neste estudo piloto “são muito promissores e parecem apoiar esta nova aplicação deste “velho” marcador, mas há ainda muito trabalho a ser desenvolvido. Para tal será indispensável a continuação do esforço de uma equipe onde a pesquisa básica e clínica interagem de forma profícua”, afirma a Dra. Maria João Ferreira.
A pesquisadora acrescenta que “a importância deste conhecimento poderá, num futuro que se antevê próximo, relacionar-se com o risco cardiovascular do indivíduo e por isso com a sua orientação terapêutica”.
Apostar em novos métodos de diagnóstico precoce das doenças do foro cardíaco é muito relevante porque, salienta a docente da FMUC, “a doença cardiovascular, nas suas várias componentes, é uma das principais causas de morte que, de acordo com estatísticas Europeias, é responsável por cerca de 42% das mortes nos homens e 51% nas mulheres”.
“Trata-se por isso de uma entidade clínica associada a enormes custos, de difícil contabilização, que urge tratar e sobretudo prevenir. O diagnóstico precoce, bem como a estratificação de risco são dois pilares importantes em qualquer estratégia que vise lidar com esta doença”, afirma a especialista da UC.
Fonte: Universidade de Coimbra. Imagem: Divulgação, Universidade de Coimbra.
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