Notícia
Comprometimento cognitivo leve e o esquecimento de atividades diárias importantes
Coluna “Sua Saúde”, do Hospital Sírio-Libanês, alerta sobre transtorno relacionado ao declínio cognitivo
Divulgação
Na coluna “Sua Saúde” do Portal do Hospital Sírio-Libanês (HSL), em São Paulo, o Dr. Sérgio Ricardo Hototian, psiquiatra do HSL e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa) esclarece sobre um transtorno da memória que tem se tornado bastante comum nos últimos anos: é o chamado Comprometimento Cognitivo Leve (CCL).
Apesar de ser normal esquecermos coisas, talvez a ajuda médica seja importante quando alguns esquecimentos sucessivos começam a comprometer o desenvolvimento e o planejamento de atividades diárias importantes. Essa perda discreta de memória, quase normal mas que chama a atenção, pode ser motivada por situações de estresse, por limitações do sono, ou até mesmo como manifestação inicial da doença de Alzheimer. “A maioria das pessoas que apresentam pequenas falhas na memória não irá desenvolver a demência de Alzheimer, mas a maioria daqueles que têm Alzheimer tiveram algum tipo de comprometimento cognitivo prévio”, afirma o Dr. Sergio Hototian. Outras ocorrências também podem levar ao CCL, como a depressão, a ansiedade, o transtorno do sono ou síndromes endócrinas. Em geral, a CCL se manifesta em pessoas com mais de 45 anos, mas pode ocorrer antes desta idade.
Como saber se tenho o Comprometimento Cognitivo Leve?
Segundo o Dr. Sergio Hototian, “é preciso ficar atento às possíveis consequências da perda de memória. Deixar de sair de casa ou de fazer alguma atividade doméstica, como cozinhar, por medo de esquecer podem ser sinais de comprometimento cognitivo leve com depressão ou ansiedade. Desaprender sobre algum tema que sempre dominou também merece atenção, assim como esquecer o gás ou o forno ligado. Qualquer tipo de esquecimento que se torne mais frequente do que antes merece investigação”.
Segundo o Portal, o diagnóstico do comprometimento cognitivo leve deve ser feito por um médico especializado em memória, como psiquiatra ou neurologista. A avaliação-padrão compreende um exame clínico completo, seguido de exames específicos, que envolvem avaliações de fluência verbal, teste de memória visual e abstração, entre outros testes que visam medir a capacidade de memória do paciente.
Existe tratamento?
Segundo o Portal do Hospital Sírio-Libanês, ainda não existe nenhum tipo de medicamento contra o comprometimento cognitivo leve, mas algumas intervenções podem ajudar a diminuir essa síndrome. A principal delas envolve o treinamento da memória, estimulando o paciente a aprender coisas novas. Para quem não está acostumado a ler, recomenda-se a leitura de jornal ou revista, por exemplo. Para quem lê com frequência, a indicação é para ler livros, cujo grau de compreensão seja sempre acima do habitual. Aprender um novo idioma ou a tocar um instrumento musical também são considerados ótimos “remédios” contra o transtorno cognitivo leve.
Praticar atividade física regularmente, dormir de sete a oito horas por dia, evitar o abuso do álcool e de outras drogas, não fumar e combater a obesidade também podem ajudar na prevenção do problema.
Fonte: Hospital Sírio-Libanês. Imagem: Divulgação.
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