Notícia
Disfagia: como tratar o problema?
Dificuldade na mastigação, demora para engolir, tosse ou dor durante as refeições são sinais de disfagia
Divulgação
Fonte
HC-UFTM
Data
sexta-feira, 11 março 2016 11:45
Áreas
Fonoaudiologia. Otorrinolaringologia. Nutrição. Enfermagem.
A partir da Resolução n.º 383/2010, do Conselho Federal de Fonoaudiologia, a data de 20 de março passou a ser marcada como Dia de Atenção à Disfagia. Trata-se de uma alteração na capacidade de engolir, não consistindo em uma doença, mas em um sintoma de que algo não vai bem em estruturas responsáveis pela deglutição como boca, garganta e cérebro.
De acordo com a fonoaudióloga Júlia Santos Costa Chiossi, do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), a disfagia “é frequente em doenças como acidente vascular encefálico, traumatismo craniano, Parkinson, Alzheimer, distrofias musculares e câncer de cabeça e pescoço. Pode, também, surgir devido a próteses dentárias mal adaptadas, refluxo gastroesofágico grave e após longos períodos de intubação”.
São características comuns da disfagia a dificuldade na mastigação, demora para engolir, tosse ou dor durante as refeições, engasgamento e sensação de alimentos parados na garganta. Também pode haver desnutrição, desidratação e perda de peso, além de o paciente com disfagia ter maior chance de aspiração do alimento, podendo ser incorretamente direcionado para o pulmão.
Adaptação, formas de oferta e exercícios
Segundo a fonoaudióloga Júlia Santos, as alterações da deglutição devem ser diagnosticadas e tratadas conjuntamente por uma equipe composta por médicos, enfermeiros, nutricionistas e, fundamentalmente, fonoaudiólogos, que são os profissionais aptos ao trabalho específico da função de deglutição.
O uso de sonda nasoenteral, em casos extremos, é necessário para alimentar o paciente com disfagia acentuada, criando uma via alternativa de nutrição. Contudo, ao longo do tratamento hospitalar, buscam-se opções terapêuticas para que o paciente recupere a capacidade de deglutição.
“Em geral, busca-se resolver a doença de base, que culmina no quadro de disfagia. A equipe de fonoaudiologia, especificamente, atua em três frentes para gerenciar o sintoma: adaptação dos alimentos, liquidificando-os ou aumentando a consistência para evitar engasgamentos; mudança no posicionamento do paciente ou na forma de oferta do alimento, considerando o ritmo de alimentação e a posição corporal do indivíduo; e, por fim, exercícios para fortalecer a boca, a garganta e a língua”, detalha a fonoaudióloga.
Trabalho junto aos cuidadores/familiares
Ainda conforme a fonoaudióloga, no HC-UFTM os acompanhantes de pacientes recebem esclarecimentos sobre as formas de assistir o enfermo após a alta, no ambiente doméstico. “No Centro de Reabilitação do HC, por exemplo, os cuidadores podem levar os tipos de alimentos que são fornecidos ao paciente, após a alta, e a equipe de fonoaudiologia ensina, na prática, as formas de adaptar a consistência dessa alimentação para atender à especificidade de cada caso”, a profissional destaca.
O Hospital de Clínicas da UFTM conta com 11 fonoaudiólogas, atuantes em todos os setores do HC e no Centro de Reabilitação, como parte da equipe multiprofissional, contribuindo para a redução do tempo de internação e melhora da qualidade de vida dos pacientes.
Fonte: Unidade de Comunicação, HC-UFTM. Imagem: Divulgação.
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