Notícia

Doença Celíaca: conceitos, cuidados e dúvidas

Especialistas esclarecem e destacam a importância de seguir à risca a dieta sem glúten

Divulgação, Fenacelbra

Fonte

SBP e Fenacelbra

Data

quarta-feira, 24 fevereiro 2016 12:20

Áreas

Gastroenterologia. Pediatria. Alimentação e Nutrição.

Doença celíaca (DC) é a intolerância permanente a uma proteína chamada glúten e que ocorre em pessoas predispostas geneticamente. Esta proteína provoca inflamação do aparelho digestivo, impedindo a absorção adequada dos alimentos e das vitaminas.

Normalmente esta doença se manifesta nos primeiros anos, mas em muitas situações ela aparece apenas na idade adulta. A doença celíaca já foi considerada rara, atingindo principalmente pessoas de origem europeia. Hoje se sabe que é uma doença comum, que pode atingir qualquer pessoa. Uma em cada 100 a 150 pessoas sofre com a doença celíaca: no Brasil, são cerca de 2 milhões de pessoas portadoras da doença celíaca.

Os sintomas mais frequentes da doença celíaca são gastrointestinais: diarreia crônica, distensão abdominal e ganho de peso insuficiente. Irritabilidade, flatulência, falta de apetite, dor abdominal, vômitos e fraqueza são outras queixas comuns. Porém ela vem sendo diagnosticada também em pacientes que não apresentam queixas digestivas, e inclusive em pessoas que não apresentam qualquer sintoma.

A importância do diagnóstico

O atraso no diagnóstico pode ter consequências para o pleno desenvolvimento das crianças e provocar anemia por deficiência de ferro, fraqueza óssea, queda de pelos e alterações no ciclo menstrual com menarca tardia. Os “grupos de risco” nos quais a DC ocorre com mais frequência são: familiares de pacientes com DC, portadores de síndrome de Down, de Diabetes Tipo 1, de tireoidite autoimune e em indivíduos com fertilidade reduzida.

O diagnóstico pode ser comprovado com a realização de testes especializados de sangue com os pacientes que usam glúten na dieta. Para confirmação de um diagnóstico positivo deve-se fazer uma biópsia do intestino delgado, que deverá mostrar as alterações duodenais características.

O tratamento para a doença celíaca é eliminar o glúten da dieta. Na grande maioria dos pacientes o resultado é muito bom e a recuperação ocorre poucas semanas após a exclusão da proteína. Porém, a dieta livre de glúten implica restrição completa de muitos alimentos consumidos diariamente, dificultando o convívio social. Os alimentos industrializados “sem glúten”, além de mais caros, apresentam a possibilidade de contaminação. Assim, embora simples de ser prescrita, a dieta é difícil de ser seguida e a monitoração deve ser permanente.

Qualquer quantidade de trigo, centeio ou cevada é prejudicial. Até o ambiente onde está sendo utilizada farinha de trigo, por exemplo, pode prejudicar o celíaco. Alguns produtos não alimentares como medicamentos e produtos de higiene (cremes e material para estética) podem conter glúten.

Cuidados e dúvidas frequentes

Especialistas da Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra) ressaltam os cuidados que devem ser tomados por pessoas diagnosticadas com doença celíaca:

  • Somente compre produtos alimentícios produzidos em padarias ou supermercados que tenham local separado para produção de alimentos sem glúten, por causa da contaminação ou traços de glúten.
  • Separe uma esponja ou bucha para lavar os utensílios de preparação sem glúten. Sempre lave bem toda a louça para não haver contaminação.
  • Não reutilize o óleo de frituras de alimentos com glúten, pois ele já está contaminado. Da mesma forma, procure se informar nos restaurantes se o óleo utilizado é novo.
  • Não coloque no forno ao mesmo tempo alimentos com e sem glúten.
  • Utilize vidros ou vasilhames dosadores para acondicionar geleia, mel, requeijão, maionese, manteiga ou margarina, ou qualquer outro produto de uso comum, evitando assim a contaminação ou traços de glúten.
  • Luvas cirúrgicas e preservativos podem conter farinha de trigo na embalagem, entre em contato com o fabricante.
  • Alguns medicamentos podem conter farinha de trigo na composição, procure entrar em contato com o fabricante.
  • Aos católicos é sugerida a comunhão na espécie do vinho, já que a hóstia contém glúten.
  • Não comer alimentos ou recheios que sejam preparados com glúten e seus derivados.

 

Os especialistas da Fenacelbra também esclarecem dúvidas comuns em relação à doença celíaca:

O que é o glúten e onde ele está presente?

O glúten é a proteína do trigo que se divide em gliadina e glutenina. A gliadina é a fração envolvida na DC. Há outras proteínas quimicamente semelhantes à gliadina que são a hordeína (cevada) e a secalina (centeio) que não são exatamente glúten, mas são consideradas como tal porque são tóxicas para as pessoas com DC.

Em que faixa etária ela surge?

A Doença Celíaca acomete indivíduos de qualquer idade e de ambos os sexos, com predomínio do feminino (3:1). A prevalência na população geral é em torno de 1/200 pessoas.

Por que algumas pessoas manifestam a doença na infância e outras na idade adulta?

A pessoa já nasce com a predisposição genética para desenvolver a doença, porém não se sabe em que momento irá manifestá-la. Não há, até o momento, medidas conhecidas que evitem ou retardem os sintomas.

Qual o tempo necessário para recuperação da mucosa após iniciar dieta sem glúten?

Após suspensão do glúten da dieta, a recuperação da mucosa inicia-se imediatamente, mas o tempo para o total restabelecimento anatômico da mucosa leva vários meses (1 a 2 anos em média).

Qual segmento do intestino é mais atingido na Doença Celíaca?

A parte mais afetada pela doença é a porção inicial do intestino delgado (jejuno), mas ela pode se estender distalmente. Quanto maior o segmento afetado, maior será o distúrbio de absorção.

Qual é a origem da anemia e da osteoporose na DC?

A anemia decorre da absorção insuficiente de ferro e ácido fólico (componentes da hemoglobina, que forma os glóbulos vermelhos) e a osteoporose resulta da má-absorção de cálcio (elemento que dá consistência ao osso).

O paciente celíaco tem maior probabilidade de desenvolver alguma doença maligna?

Se o paciente adotar e seguir a dieta sem glúten à risca a probabilidade é igual à da população em geral, porém se não aderir à dieta (em outras palavras, se não seguir o tratamento) aumentará sua chance de desenvolver uma neoplasia.

Quais são os testes imunológicos disponíveis para a detecção da Doença Celíaca?

O primeiro teste a surgir foi o anticorpo anti-gliadina, porém atualmente dá-se preferência ao anticorpo anti-endomísio ou anti-transglutaminase tecidual que são mais sensíveis e específicos para a doença.

Pode existir Doença Celíaca sem sintomas?

Sim. Indivíduos assintomáticos, mas com anemia ou osteoporose (ou osteopenia) devem ser investigados, pois podem estar apresentando consequências da má-absorção de ferro e cálcio.

Qual é a associação entre infertilidade e DC?

As mulheres com Doença Celíaca não tratada costumam ter mais irregularidades menstruais, dificuldade para engravidar e manter a gestação. O índice de aborto também é maior.

Como ocorre a atrofia da mucosa intestinal na DC?

Nas doenças autoimunes o nosso sistema imunológico agride células do próprio organismo como se fossem entranhas. Qualquer tecido pode ser ‘vítima’, como o fígado (hepatite), tireoide (tireoidite), articulações (artrites), e outras. Na DC o sistema imunológico destrói a mucosa intestinal após o contato com o glúten.

Existe algum medicamento para tratar a Doença Celíaca?

Não. O tratamento é somente a dieta. Entretanto, deve-se repor os nutrientes que estão em níveis baixos.

Ocorre normalização dos exames laboratoriais com o controle dietético?

Sim, todos os nutrientes voltam aos níveis normais, os anticorpos se tornam negativos e a mucosa intestinal volta a apresentar seu aspecto anatômico habitual após alguns meses (às vezes anos) de dieta sem glúten.

Como saber se determinado produto contém ou não glúten?

Primeiramente deve-se ler o rótulo do produto. Se não houver menção quanto à presença do glúten, deve-se entrar em contato com o fabricante e pedir informações a respeito.

Qual é o papel da genética na Doença Celíaca?

A predisposição genética tem um papel importante, havendo genes responsáveis pela transmissão da doença. Noventa e cinco por cento dos pacientes celíacos apresentam o gene HLA-DQ2 localizado no cromossomo 6. Na população geral ele está presente em apenas 30%.

Quais líquidos os celíacos podem beber com segurança?

Água, leite, chá, sucos naturais e refrigerantes. Cuidado com os achocolatados, pois a maioria contém glúten (leia o rótulo para se certificar).

Quais bebidas alcoólicas os celíacos podem beber?

Vinho (feito da uva), aguardente de cana (como o nome diz: é feito de cana de açúcar), rum (destilação do melaço), vermute e conhaque (derivados do vinho) e quentão (feito com aguardente, gengibre, cravo da Índia e canela).

Quais bebidas alcoólicas os celíacos não podem beber?

Uísque (derivado do malte), gim (feito com centeio, cevada e zimbro), vodca (destilação de cevada, milho, trigo e centeio) e cerveja (feita com malte, que é derivado da cevada).

Obs.: Atualmente o uísque, o gim e a vodka sofrem destilação várias vezes, o que teoricamente elimina o glúten. Leia o rótulo do produto para ver se contém a menção (não) contém glúten.

Para quem gosta de cerveja, existe alguma opção aqui no Brasil?

Sim, temos cervejas importadas e nacionais, que são apropriadas para celíacos, pois possuem em torno de 6 ppm (partes por milhão) de glúten e têm teor alcoólico igual às demais cervejas (5%).

Sabendo-se que vários alimentos para celíacos contêm traços de glúten, qual o limite aceitável para o consumo seguro?

Recomenda-se um teor máximo de 20mg de glúten por kg (20 ppm). Esses valores, na verdade, representam apenas vestígios de glúten. Para se ter uma ideia, o pão normal contém em torno de 100g de glúten por kg (isto é, 10% do seu peso é de glúten).

Alguns produtos sem glúten incluem o trigo sarraceno. Será seguro?

O trigo sarraceno não é de fato trigo, nem tão pouco um cereal. É 100% seguro para os celíacos, apesar do infeliz nome que tem. Da mesma forma existe outro pseudocereal de origem sul americana que não tem glúten. É a quinoa.

Quem deve ser pesquisado para Doença Celíaca?

Qualquer pessoa que apresente os sintomas ou sinais descritos acima e todos os parentes diretos (pais, irmãos e filhos) dos pacientes celíacos. O risco de um parente ter a doença é de 1/10 enquanto que na população geral é de 1/200.

A portadora de Doença Celíaca pode amamentar?

Sim. Normalmente. Não há contraindicação.

A amamentação tem alguma influência no aparecimento da doença?

Não. A amamentação é um “fator protetor” da saúde do bebe, mas não previne nem tampouco transmite a doença celíaca.

Um celíaco pode ter uma vida igual à das outras pessoas?

Sim, mas desde que cumpra a dieta. Um celíaco que cumpra a dieta é uma pessoa com as mesmas capacidades físicas e intelectuais que um não celíaco. Só se torna doente se não cumprir a dieta.

A doença celíaca afeta a vida sexual?

Também aqui não há qualquer motivo para receios: desde que a dieta seja cumprida o celíaco pode ter uma vida sexual idêntica à de qualquer outra pessoa. Quando a restrição de glúten não é respeitada estão descritos quadros de baixa fertilidade, impotência, irregularidade nos períodos menstruais, e outros desdobramentos.

O malte e o extrato de malte aparecem muitas vezes mencionados na composição de alguns produtos. O celíaco pode consumir algum destes produtos ?

Não. O malte e o extrato de malte são derivados da cevada. Por uma questão de segurança, o celíaco deve excluir de sua alimentação todos os produtos alimentares que contenham o malte ou extrato de malte.

O celíaco pode comer pão de queijo?

O celiaco pode comer pão de queijo desde que saiba a origem do mesmo. Não coma pão de queijo fabricado nas padarias comuns, pois mesmo não tendo glúten entre seus ingredientes, pode haver contaminação tanto na hora de preparar a massa quanto na hora de assar ou servir, já que todos ou outros alimentos preparados ali tem a farinha de trigo como base.

O celíaco pode tomar qualquer café?

Não. O pó de Café pode estar misturado com Cevada, para aumentar a quantidade na embalagem. Evite tomar café onde você não saiba a marca do produto. Procure os cafés que possuem o selo de pureza da ABIC.

O meu filho celíaco pode brincar com massinha de modelar?

Atenção com o que a criança brinca na escola: massinhas de modelar, receitas caseiras de tintas, aulas de culinária podem expô-la ao glúten. Converse com a Direção e a equipe pedagógica sobre a Doença Celíaca e peça ajuda para que a criança possa permanecer segura no ambiente escolar.

As pessoas celíacas podem praticar esportes?

Sim. O único cuidado é checar previamente a densidade óssea (nos adultos), pois se houver osteopenia (ou osteoporose), o risco de uma fratura – em um impacto – é maior.

A DC passa de pessoa para pessoa?

Não passa através do sangue, sexo, secreções ou qualquer contato com as pessoas, mas pode ser transmitida geneticamente.

O que é a classificação de Marsh?

É uma classificação histológica (microscópica) do estado da mucosa intestinal no que se refere à Doença Celíaca. Ela leva em conta o grau de atrofia e a presença de células inflamatórias. Mesmo no grau mais avançado de atrofia pode haver regressão para o normal com a dieta sem glúten.

A positividade do anticorpo anti-endomísio unicamente já estabelece o diagnóstico de DC?

Não. É preciso o laudo anatomopatológico proveniente da análise da biópsia duodenal que mostrará atrofia da mucosa e aumento das criptas. O diagnóstico se baseia nesses dois exames.

Como a gliadina provoca reação no intestino?

Normalmente quando ingerimos proteínas, estas são “quebradas” no estômago e intestino formando aminoácidos ou dipeptídeos (moléculas com 2 aminoácidos) que são absorvidos. A molécula de glúten é resistente às enzimas que “quebram” as proteínas e como resultado, “sobra” uma cadeia de 33 aminoácidos que é a fração tóxica (gliadina). Essa molécula se aloja sob as células da mucosa onde estão as vilosidades e algumas pessoas (celíacos) desenvolvem uma reação imunológica contra a gliadina e destroem a mucosa (onde está aderida a gliadina).

Podemos considerar a Doença Celíaca uma alergia alimentar?

A alergia alimentar é uma reação rápida do sistema imunológico que produz anticorpos (imunoglobulina E) contra alguma substância estranha (antígeno). Os anticorpos circulantes é que causam a reação alérgica.

Na Doença Celíaca existe uma reação imunológica tardia. Não é considerada alergia alimentar.

Qual a relação entre Doença Celíaca e Dermatite Herpetiforme?

A dermatite herpetiforme é uma forma de apresentação da doença celíaca em que existe irritação da pele com vermelhidão (hiperemia) e formação de bolhas. Ocorre principalmente nos cotovelos e nos joelhos. Ela tende a ceder com a dieta sem glúten.

A Dermatite Herpetiforme é uma manifestação frequente?

Não. Ela ocorre em uma pequena porcentagem de pacientes celíacos. É mais frequente no sexo masculino (2:1) e na idade adulta. É muito rara na criança.

Após aderir à dieta sem glúten, quando devo repetir a biópsia duodenal para verificar se houve normalização?

A biópsia de controle não deve ser feita antes de 2 anos. O processo de regeneração da mucosa é lento e pode levar até 3 anos para haver recuperação total.

Meu filho é celíaco e vou levá-lo a uma festa de um amigo. Como administrar a situação e evitar os alimentos proibidos?

Primeiramente, seria interessante ele comer alguma coisa em casa para não chegar na festa com muita fome. Vale a pena conversar com o anfitrião sobre a questão para verificar se haverá alimentos sem glúten ou levar produtos sem glúten para a festa.

Como agir com relação à escola de meu filho que é celíaco?

A direção da escola deve ser informada sobre a condição de seu filho. Devido ao fato da Doença Celíaca ser pouco conhecida, vale a pena apresentar algum artigo explicativo sobre a doença. Isso evitará questionamentos e mal entendidos.

Qual a relação entre DC e intolerância à lactose?

Normalmente a lactose é ‘quebrada’ pela ação de uma enzima chamada lactase, a qual é produzida nas células intestinais. Como na DC existe um dano na célula intestinal, a produção de lactase fica prejudicada e, como consequência, há dificuldade na absorção da lactose. Essa deficiência melhora com a dieta e, posteriormente o leite poderá ser reintroduzido.

Tenho todos os sintomas da Doença Celíaca. Posso iniciar a dieta sem glúten por minha conta?

Não deve. Antes de iniciar a dieta deve-se confirmar o diagnóstico através dos exames adequados. Após a confirmação o paciente deverá ser bastante rigoroso e disciplinado por toda a vida. A adesão a uma dieta sem glúten de forma prematura poderá dificultar o diagnóstico futuramente.

No caso das refeições servidas nos aviões, como devo proceder?

A maioria das companhias aéreas possui cardápio de dieta sem glúten. Basta reservar com antecedência (no ato da reserva do voo).

O paciente celíaco é tipicamente emagrecido?

Não necessariamente. Devido ao distúrbio de absorção intestinal, a maioria dos indivíduos acometidos esta abaixo do peso, porém cerca de 30% estão com sobrepeso, provavelmente devido à elevada ingestão calórica.

O que acontecerá se eu desistir da dieta e comer livremente?

Em estudo feito com pacientes celíacos adultos que haviam sido diagnosticados na infância ou adolescência e que não seguiram a dieta sem glúten, descobriu-se que 80% tinha algum déficit nutricional (anemia, hipocalcemia, hipovitaminose) e cerca de 50% tinha algum grau de fragilidade óssea (osteopenia ou osteoporose).

Estou seguindo a dieta sem glúten há 2 anos e ainda não vi melhora clínica ou laboratorial. O que está acontecendo?

Primeiramente, deve-se analisar detalhadamente a dieta do paciente à procura de erro dietético ou de contaminação inadvertida com glúten. A segunda etapa é a revisão do diagnóstico incluindo a pesquisa do gene HLA-DQ2 ( 90-95% dos celíacos apresentam esse gene). No caso de pesquisa negativa, pode-se questionar o diagnóstico.

Porque a Doença Celíaca é tão pouco conhecida?

Embora a DC seja muito antiga, tinha-se pouco conhecimento científico a seu respeito até algumas décadas atrás. Primeiramente, descobriu-se que a doença era uma reação ao trigo, depois foi identificada sua característica imunológica e, finalmente sua predisposição genética. A classificação microscópica da doença (Marsh) foi instituída em 1992. A descoberta de seus anticorpos foi ainda mais recente. Além disso, a doença não tem um sintoma característico. Muitas vezes são sintomas discretos ou alterações laboratoriais inespecíficas. Se não houver forte suspeita do médico para pedir os exames adequados, o diagnóstico torna-se difícil.

Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Fenacelbra. Imagem: Divulgação, Fenacelbra.

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