Notícia

Craniopuntura pode aliviar sintomas dolorosos e neurológicos

Fonte

AMBA

Data

terça-feira, 23 fevereiro 2016 20:15

Áreas

Acupuntura.

A craniopuntura foi desenvolvida no início da década de 70 pelo médico japonês Toshikatsu Yamamoto, especializado em anestesiologia e ginecologia. A técnica consiste de um microssistema no qual determinados pontos são estimulados na região do couro cabeludo, estimulando áreas corporais distantes.

Inicialmente, a técnica possuía duas categorias de pontos: os pontos básicos, os quais representam áreas anatômicas diretamente relacionadas com a disfunção e os pontos “Y”, que apresentam relação com os meridianos e são utilizados para reequilíbrio energético. Os locais no crânio para a realização dos estímulos são divididos em duas áreas: yin (anterior ou frontal) e yang (posterior ou occipital). O conceito de Yamamoto não é fundamentado na desarmonia yin/yang para o desencadeamento do processo patológico, como é pautado na acupuntura da Medicina Tradicional Chinesa (AMTC). Cerca de 80% dos casos são solucionados pela área do yin. Segundo o Dr. Alexandre  Massao Yoshizumi, médico da Associação Médica Brasileira de Acupuntura (AMBA), atualmente existem sete microssistemas segundo Yamamoto. Cinco têm finalidade terapêutica e dois têm objetivos diagnósticos. Na região frontal e occipital existem três microssistemas. É um conjunto de 18 pontos, com finalidades terapêuticas para o aparelho locomotor, órgãos dos sentidos e pontos cerebrais. Os pontos sensoriais são indicados para patologias relacionadas a órgãos dos sentidos e os pontos cerebrais, usados para sequelas neurológicas e distúrbios emocionais.

A sessão da craniopuntura é realizada com o paciente sentado ou deitado e relaxado para que seja possível pressionar o crânio com o indicador e observar as reações do paciente (sinal da “careta”) e verificar se há mudança de sensibilidade na região. A seguir, após assepsia local, as agulhas são inseridas na horizontal (15°), preferencialmente sem o mandril, de modo firme e rápido, com o dimensões preferencialmente entre 0,25mm x 25mm  e 0,25mm x 40mm. A profundidade de inserção deve ser de pelo menos 1 cm, podendo alcançar uma profundidade maior dependendo da região, por um período de pelo menos 20 minutos. Outros estímulos podem ser feitos com laser e eletroacupuntura. Dentre as vantagens da craniopuntura, destaca-se a possibilidade da realização de outras práticas como a acupuntura sistêmica,  fisioterapia, massagem e exercícios. Os melhores resultados são obtidos quando os pacientes conseguem manifestar o desconforto durante a sessão. Nos casos agudos a melhora pode ser imediata, porém nos casos crônicos poderá ser necessário um número maior de sessões para produzir o efeito desejado.

As principais indicações para a craniopuntura são: afecções do aparelho locomotor (artrites, pós-operatório, capsulites, bursites), labirintites, enxaqueca, cefaleias, dores na coluna (cervical e lombar), sequelas neurológicas (hemiplegia, paraplegia, paralisia facial e parestesia), doença de Parkinson, problemas alérgicos (rinites, asma) e distúrbios psiquiátricos (transtorno bipolar, depressão e ansiedade).

Fonte: AMBA.

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