Notícia
Hospital do RJ realiza com sucesso reimplante de braço em menino de 6 anos
Cirurgias de alta complexidade conseguiram recuperar o membro: agora, reabilitação funcional e recuperação da sensibilidade

DIvulgação, SES/RJ
Fonte
SES/RJ
Data
segunda-feira, 7 dezembro 2015 12:35
Áreas
Ortopedia. Cirurgia Reconstrutiva. Fisioterapia. Terapia Ocupacional. Reabilitação.
Quem vê o sorriso alegre do menino Mateus Ramos Monteiro, de 6 anos, mal pode imaginar que há apenas quatro meses ele passou por uma cirurgia rara e de alta complexidade para reimplante do braço. Após sofrer um grave acidente de carro em julho deste ano, Mateus teve seu braço direito amputado pelo forte impacto. De acordo com o coordenador do programa SOS Reimplante do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, o microcirurgião Dr. João Recalde, para o tipo de amputação sofrida pela criança, quase na altura do ombro, a equipe médica teve que fazer um procedimento cirúrgico de grande porte, considerado um caso único até mesmo para o programa, que funciona desde 2009 e é referência na área tendo realizado mais de 500 cirurgias.
“Já fizemos outras cirurgias de reimplante de braço em crianças e adultos, mas nunca tivemos um caso tão complexo como este, pelo local em que ocorreu a amputação. Por ser muito delicada a recuperação do membro, o caso normalmente não teria indicação de reimplante. Mas toda a equipe ficou muito sensibilizada pela história e resolvemos fazer mesmo assim. Agora está sendo recompensador ver a recuperação da criança, tão ativa e falante”, afirma o microcirurgião.
A operação que recolocou o braço de Mateus mobilizou oito profissionais entre cirurgiões, anestesistas e enfermeiros. No primeiro procedimento de emergência, que durou cerca de cinco horas e consumiu oito bolsas de sangue, os médicos fixaram o osso e refizeram a circulação das artérias e veias. Desde então o menino passou por outras seis cirurgias para concluir o reimplante, recolocando, em cada fase, pele, músculos no braço e enxertando nervos. Além disso, a criança ainda passou por outras oito cirurgias para reparação dos danos provocados pelo acidente.
Após passar pelo Centro de Terapia Intensiva em três meses de internação, a criança volta agora ao hospital regularmente para consultas de reavaliação e sessões de fisioterapia. Para o pai, o sargento da Polícia Militar Sandro Monteiro, de 43 anos, a sensação é de que seu filho nasceu de novo.
“Agora é uma questão de tempo para que o movimento do braço e a sensibilidade da mão sejam recuperados. Mas ele já brinca de vídeo game e vem mostrando uma ótima recuperação. Foi um verdadeiro milagre”, comemora Sandro.
Mesmo tendo plano de saúde, o pai afirma que resolveu manter Mateus no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes pela qualidade do atendimento que recebeu na unidade. “Fiquei surpreso de receber um atendimento nesse nível de qualidade na rede pública de saúde. Nem pretendo recorrer ao plano”, opinou.
Como socorrer a vítima
Ao socorrer uma vítima de amputação traumática de extremidades, um dos pontos mais importantes é acondicionar de forma correta o material amputado, que deve ser mantido a 4ºC. A maneira mais simples para isso é colocar a parte amputada em um saco plástico resistente, lacrar com fita adesiva e colocá-lo em um ambiente com água e gelo picado, distribuídos meio a meio, como numa caixa de isopor. Quanto mais rápido o paciente chegar ao hospital, melhor. Para garantir seu sucesso, o ideal é que a cirurgia de reimplante seja feita em até seis horas após o acidente.
Como é o tratamento
Uma vez feita a cirurgia, após a alta o paciente é acompanhado no ambulatório para troca de curativos, retirada de pontos e, quando necessário, do material de fixação dos ossos. A segunda fase da recuperação é o atendimento por um grupo de terapeutas ocupacionais para iniciar a reabilitação funcional. O objetivo é recuperar os movimentos e a sensibilidade da parte amputada para que o paciente possa ser completamente reintegrado à sua rotina. Em geral, o acompanhamento leva de 2 a 3 anos, que é o tempo necessário para a recuperação motora e sensitiva.
Fonte: Eduardo Martins, SES-RJ. Imagem: Divulgação
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