Notícia
Ressuscitação cardiopulmonar: atualização das diretrizes
Versão 2015 das diretrizes foi publicada pela Associação Americana do Coração na revista Circulation
Shutterstock
Fonte
American Heart Association, Revista Circulation
Data
sábado, 24 outubro 2015 12:30
Áreas
Biomecânica. Cardiologia. Sistema Cardiopulmonar.
A Associação Americana do Coração (American Heart Association, AHA) divulgou na edição de outubro da revista científica Circulation (Vol.132(18): S315-S367, 2015) uma atualização das diretrizes para ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e Atendimento Cardiovascular de Emergência (ACE). A atualização das diretrizes da AHA 2015 para RCP e ACE se baseia em um processo internacional de avaliação de evidências, envolveu 250 revisores em 39 países e ocorre a cada 05 anos.
Entre as principais questões e alterações feitas nas recomendações destacam-se:
- O algoritmo de Suporte Básico de Vida (SBV) foi modificado de modo a refletir o fato de que os socorristas podem ativar o serviço de médico emergência (ou seja, via telefone celular) sem sair do lado da vítima.
- Recomenda-se que a comunidade que tem pessoas com risco de PCR implante programas de acesso público à desfibrilação (DPD).
- As recomendações incentivam o reconhecimento imediato de ausência de resposta, o acionamento do serviço médico de emergência e o início da RCP, no caso de a vítima não responder e não respirar normalmente.
- A sequência recomendada para um único socorrista deve ser iniciada pela compressão torácica antes de aplicar as ventilações de resgate (C-A-B antes de A-B-C) para reduzir o tempo até a primeira compressão. O único socorrista deve iniciar a RCP com 30 compressões torácicas seguidas por duas respirações.
- Ênfase na qualidade da RCP como: comprimir o tórax com frequência e profundidade adequadas, permitir o retorno total do tórax após cada compressão, minimizar interrupções nas compressões e evitar ventilação excessiva.
- A velocidade recomendada para as compressões torácicas na região esternal é de 100 a 120 por minuto. A profundidade das compressões em adultos é de pelo menos 5 cm, porém não deve superar 6 cm. O número total de compressões é fator crucial para a sobrevivência em PCR.
- Após cada compressão, o tórax deve retornar à posição natural ou neutra durante a fase de descompressão e a interrupção entre as compressões deve ser mínima (menos de 10 segundos). O apoio com o corpo sobre o tórax deve ser evitado.
- Nas PCRs em adultos presenciadas, quando há um desfibrilador externo automático (DEA) disponível, este aparelho deve ser utilizado o mais rápido possível.
Todas as atualizações podem ser lidas na íntegra, em português ou no original em inglês.
Abaixo, vídeo sobre a evolução histórica da Ressuscitação Cardiopulmonar (em inglês):
Fonte: AHA, Revista Circulation. Imagem: Shutterstock.
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