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Estudos sobre o transtorno do pânico

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Fonte

UFES

Data

quinta-feira, 20 agosto 2015 11:50

Áreas

Psicologia.

As pesquisas sobre transtorno do pânico desenvolvidas no Centro de Ciências da Saúde (CCS) sob a coordenação do Prof. Dr. Luiz Carlos Schenberg, do Departamento de Ciências Fisiológicas da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) ganharam destaque internacional. Uma edição exclusiva da prestigiada revista Neuroscience and Biobehavioral Reviews (Fator de Impacto 10,3), foi lançada com os trabalhos apresentados no I Simpósio Internacional sobre Modelos Translacionais do Transtorno de Pânico.

O evento celebrou o 20º aniversário das duas principais teorias sobre o transtorno do pânico: a “teoria do alarme falso de sufocamento”, do pesquisador Donald F. Klein (EUA), e a “teoria do papel dual da serotonina na ansiedade e pânico”, dos pesquisadores John F. ‘Bill’ Deakin (Inglaterra) e Frederico G. Graeff (Brasil).

“O simpósio sobre o transtorno do pânico foi uma rara oportunidade para promover o diálogo entre ambos os protagonistas e seguidores dessas teorias, que se desenvolveram consideravelmente ao longo dos anos, muitas vezes de forma totalmente independente. No entanto, as evidências discutidas no evento sugerem que as teorias são, em grande medida, complementares”, ressalta o professor Luiz Schenberg.

Descobertas

Na revista são apresentadas as novas descobertas sobre circuitos cerebrais da ansiedade, medo e pânico em seres humanos e em animais. O professor foi editor convidado da revista na qual publicou extensa revisão sobre seus estudos e de outros laboratórios sobre as causas dos ataques de pânico.

Luiz Carlos Schenberg é professor da Ufes há 32 anos e coordena o Laboratório de Neurobiologia dos Transtornos de Humor e da Ansiedade do Centro de Ciências da Saúde (CCS) onde investiga as bases neurais dos transtornos de ansiedade, pânico, estresse, fobias e depressão.

Pânico

O pânico é um dos transtornos classificados como de ansiedade. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a ansiedade é uma das responsáveis pela metade das doenças mentais existentes no mundo e, em 2020, será a segunda maior causa de incapacitação. O transtorno de pânico atinge de 2% a 4% da população mundial, de acordo com a OMS. 

Conforme a literatura médica, o transtorno de pânico caracteriza-se pela presença de ataques repentinos de ansiedade como taquicardia, sudorese, falta de ar, tremores, tonteiras, ressecamento da boca, pernas bambas, formigamentos, medo de perder o controle ou ficar louco, entre outros.

As causas exatas da síndrome do pânico ainda são desconhecidas, embora alguns estudiosos enfatizem que um conjunto de fatores pode contribuir para o desenvolvimento da doença como, por exemplo, a genética, temperamento forte, estresse e mudanças na forma como o cérebro reage a determinadas situações.

As crises de síndrome do pânico geralmente começam entre o final da adolescência e o inicio da fase adulta. Algumas pessoas podem ter a crise de pânico diariamente ou semanalmente, podendo durar meses ou anos. Depois da crise os indivíduos podem desenvolver algum tipo de fobias. O professor Luiz Schenberg aconselha que as pessoas que sofram de algum tipo de transtorno procurem o mais rápido possível a ajuda de um especialista. O tratamento pode ser clínico com profissionais de psicologia ou com medicamentos.

Acesse os resumos dos trabalhos científicos publicados.

Fonte: Jorge Medina, UFES. Imagem:  Shutterstock.

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