Notícia

Pesquisa canadense pode revolucionar tratamento da leucemia

Moléculas da gordura do abacate atacam diretamente as células-tronco da leucemia

Shutterstock

Fonte

Fapemig e Universidade de Waterloo

Data

terça-feira, 23 junho 2015 09:10

Áreas

Oncologia. Bioquímica. Biologia Molecular.

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Waterloo, no Canadá, apresentou resultados de grande impacto no possível tratamento da Leucemia Mielóide Aguda (LMA), com o uso da gordura do abacate.

Os pesquisadores canadenses concluíram que as moléculas de gordura do abacate atacam diretamente as células-tronco da leucemia, a raiz da doença, à medida que crescem em células anormais do sangue.

Mundialmente, existem poucos medicamentos que combatam as células-tronco da leucemia. Em função dos resultados, os pesquisadores esperam criar uma droga derivada do abacate, com intuito de aumentar significativamente a expectativa e a qualidade de vida em pacientes com LMA.

Em pessoas saudáveis, as células estaminais na medula óssea crescem e se dividem para formar células vermelhas de sangue plenamente desenvolvidas, plaquetas e glóbulos brancos. Em pacientes com LMA, este processo não funciona corretamente. Em vez de formar células vermelhas do sangue saudáveis, muitas células anormais são formadas. Estas são células imaturas, que não são capazes de se desenvolver em células sanguíneas de funcionamento normal.

Os pesquisadores descobriram que a molécula de gordura do abacate, chamada avocatin B, é capaz de interromper este processo, tendo como alvo as células-tronco sanguíneas saudáveis, ainda capazes de crescer.

“A célula-tronco é realmente a grande responsável pelo desenvolvimento da doença e a razão da recaída de tantos pacientes com leucemia. Temos realizado vários testes para determinar como esta nova droga funciona em um nível molecular, confirmando que ele atinge seletivamente as células estaminais, deixando as células saudáveis ​​ilesas”, disse o Prof. Dr. Paul Spagnuolo, da Universidade de Waterloo, no Canadá, líder da pesquisa.

A avocatin B não só elimina a fonte de LMA, como também seus efeitos seletivos, diminuindo a toxicidade ao corpo”, completou o Dr. Spagnuolo, que fez uma parceria com o Centro de Comercialização de Medicina Regenerativa (CCRM), em Toronto, Canadá, e depositou um pedido de patente para o uso de avocatin B para tratar LMA.

A droga ainda precisará passar por longos testes antes de ser aprovada para uso clínico, mas o Dr. Spagnuolo já está preparando ensaios clínicos de Fase I. Esta será a primeira rodada de ensaios em que as pessoas diagnosticadas com LMA terão acesso à droga.

A pesquisa foi publicada na revista científica Cancer Research.

Fonte: Fapemig e Universidade de Waterloo. Imagem: Shutterstock.

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